Militares da GNR alvo de agressões

Três militares da GNR do Fundão foram este fim-de-semana agredidos quando estavam no exercício de funções, denunciou, em comunicado, a Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG/GNR). Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da ASPIG/GNR, Adolfo Clérigo, detalhou que as agressões foram praticadas por populares e que se registaram em duas ocorrências distintas, uma no sábado e outra no domingo.

“O primeiro episódio registou-se no sábado, cerca das 04:00, quando foi solicitada a presença da GNR num estabelecimento devido a uma pessoa que estava a causar distúrbios. Uma vez lá, abordaram o indivíduo e conduziram-no até ao exterior, tentando acalma-lo. Mas, a determinada altura, essa pessoa começou a empurrar os militares e a agredi-los”, afirmou.


Outros populares que estavam no local juntaram-se às agressões, com o objetivo de evitarem a detenção do primeiro agressor, acrescentou. “Apesar de serem em menor número, os militares conseguiram pôr cobro à situação, tendo detido o indivíduo em questão e um elemento dos restantes. Foram ambos notificados para comparecer em tribunal”, adiantou.

De acordo com este responsável, um dos militares agredidos teve de receber assistência hospitalar. Adolfo Clérigo alertou para o facto de casos como este serem cada vez mais frequentes e dá o exemplo de outro episódio ocorrido no domingo, pela mesma hora, também no Fundão. Ainda de acordo com o sindicalista, um homem deslocou-se ao posto da GNR para apresentar queixa contra dois militares que estavam em serviço externo e porque estes não lhe tinham dado um cigarro ao cruzarem-se com ele.

“Nesse entretempo, os militares em questão chegaram ao posto e o homem partiu para eles, insultando-os e tentando agredi-los”, disse, explicando que este homem foi identificado e, tal como os do dia anterior, foi notificado para comparecer em tribunal. Para a ASPIG/GNR, “estas situações são absolutamente lamentáveis” e o “reflexo de um sentimento de impunidade que existe entre a população, mas que tem de ser travado”. Nesse sentido, esta associação sindical defende que é necessário aplicar “sanções mais pesadas” para aqueles que agridem agentes das forças de segurança.

Foto: Guarda Nacional Republicana (Facebook)