“É mais barato para o país acabar com as portagens que mantê-las”

A Plataforma pela Reposição das Scut anunciou mais ações de luta contra as portagens, depois de no último sábado mais de 200 manifestantes se terem juntado frente à Secretaria de Estado pela Valorização do Interior. Um número que à primeira vista pode parecer diminuto, mas que a plataforma considera “francamente positivo”, dado o contexto em que a manifestação de realizou, disse à Rádio Covilhã, Luís Garra, coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco, organismo integrante da plataforma, numa alusão aos descontos introduzidos em janeiro para os transportes de mercadorias.

Uma luta contra as portagens que a plataforma não vai deixar cair, defende mesmo que “é mais barato para o país acabar com as portagens que mantê-las”, diz o sindicalista especificando que após o desconto de 15% em 2016, houve um aumento de tráfego”, logo um aumento de receitas, e este, afirma que “é mais um argumento a favor da eliminação”.A plataforma defende uma redução progressiva no preço das portagens nas antigas SCUT, até à sua abolição. O foco nesta altura é que o desconto introduzido em janeiro para veículos de mercadorias seja para todos.


A plataforma já anunciou mais ações a realizar nos próximos meses. No início de maio, terá lugar uma ação pública na fronteira de Vilar Formoso, envolvendo organizações e população de Portugal e de Espanha, avançou Luís Garra. A mesma definiu ainda a realização em junho, de uma ação no local onde se irá realizar a cimeira ibérica e a intervenção na campanha eleitoral para o Parlamento Europeu e para a Assembleia da República, no sentido de exigir compromissos sérios de abolição das portagens aos partidos e aos seus candidatos.

Antes, a 7 de março, a plataforma irá reunir com o secretário de Estado para a Valorização do Interior, João Paulo Catarino, “onde irão apresentar novos argumentos” para provar que “é mais barato para o interior a abolição das portagens”. Garra mostra-se convicto que será possível provar que “os ganhos “macro” são superiores aos das receitas conseguidas com as portagens”.

A Plataforma pela reposição das Scuts integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes da A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.