“Razões histórias para celebrar o 1º de maio continuam atuais”

Na região, com organização da União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB), as comemorações do 1º de maio, irão seguir “os moldes tradicionais”, com ações a decorrer em quatro pontos distintos, na Covilhã, Tortosendo, Minas da Panasqueira e Castelo Branco, anunciou o coordenador da USCB, Luís Garra, em conferência de imprensa.

“Avançar nos direitos, valorizar os trabalhadores” é o lema escolhido pela CGTP, para as comemorações do 1º de maio. Um lema que espelha a necessidade de luta pelos direitos, “dada a situação que se vive na Europa, no mundo e no nosso país”, disse o sindicalista, salientando que “para as políticas do capitalismo sobreviverem, faz-se recair nos trabalhadores, políticas profundamente restritivas dos seus direitos”.


Com acusações ao anterior governo PSD/CDS-PP, o dedo é também apontado à “atual solução governativa que, com a sua atuação, contraria a esperança criada nos trabalhadores”, nomeadamente com as alterações que se propõe fazer à legislação do trabalho, “que significam a continuação das mesmas políticas”, frisou.

O Sindicalista aponta como pontos negativos “a caducidade da contratação coletiva” e “a perpetuação da precariedade”, afirmando que “em alguns casos até a legaliza”, dando como exemplo a diminuição dos contratos a termo de 3 para 2 anos, o “que não passa de tapar o sol com a peneira”, salientou.

Luís Garra não tem dúvidas de que o “patronato irá encontrar formas de no final dos 2 anos mandar o trabalhador para a rua, para voltar com novo contrato a termo”. Para Garra, o importante “é eliminar a contratação a termo em todos os casos em que não for plenamente justificada”. O sindicalista afirma mesmo que “se as alterações à legislação do trabalho forem aprovadas, podem esperar uma resposta firme e muito clara”.

As propostas para o desenvolvimento do interior também farão parte da intervenção no 1º de maio “uma vez que as que têm existido, não passam de muita parra e pouca uva”, acusa Garra, acrescentando que não passam de uma boa “política de Marketing”. Adianta também que as portagens, as eleições europeias a e as legislativas farão também parte da intervenção sindical no 1º de maio.

Quanto às comemorações na Covilhã, durante a manhã terá lugar a ação desportiva, com a realização da corrida 1º de maio e marcha do trabalhador, que ligarão Vila do Carvalho à Covilhã, com a meta instalada no Pelourinho.

À tarde, no jardim público terá lugar o Comício/Festa, com intervenção sindical e animação com a Banda da Covilhã, Toca a Bombar, Kaizer Ballet, Desertuna, Covimusica, Banda H2o e leitura de poemas de abril e maio, pelos Jograis de Poesia da Covilhã. Em paralelo decorre também no Jardim Público a Feira do Livro.