AM: Contas das empresas chegaram com “uma assembleia de atraso”

Todas as bancadas da Assembleia Municipal da Covilhã se congratularam com o prestar de contas das empresas municipais, embora considerassem que “tal deveria ter acontecido há mais tempo”. As críticas mais acesas surgiram do lado do PSD e geraram uma troca de argumentos “acalorada” com o administrador do Parkurbis.

A CDU salientou ainda o facto de os documentos apresentados não terem sido entregues aos deputados. Como positivo destacou a política de algumas empresas ao apostarem na internalização de serviços, politica que a bancada comunista sempre defendeu.

Aproveitando a presença da ICOVI e ADC, Vítor Reis Silva relembrou a necessidade de “baixar a fatura da água”, principalmente no que diz respeito a “saneamento e resíduos”.

O CDS também “lamentou” o timing, considerando que “aconteceu com uma assembleia de atraso” e criticou o facto de não se entregarem documentos, para um debate “mais profundo”.

O Movimento de Novo Covilhã, pela voz de Luís Fiadeiro criticou os mesmo aspetos, frisando que “se alguns dos administradores não tiveram tempo para explicar, os deputados também não tiveram para entender”.

Reparos que levaram Pina Simão, do PS, a congratular-se por ninguém ter apontado críticas como “a má qualidade da água, a má qualidade do saneamento ou da recolha dos resíduos urbanos” o que significa “que as empresas municipais estão a cumprir a sua função primordial”.

A bancada mais crítica foi a do PSD, em especial à administração do Parkurbis. Marco Aurélio acusou Jorge Patrão de ter efetuado “a maior destruição de capital da vida do parque”, especificando que atinge os “917 mil euros”, questionando “como é que isto é possível”.

“Esses números são falsos”, defendeu-se o administrador, afirmando que o relatório da empresa “que espelha os números que existem e são os únicos publicados” referem que em 2013, “os capitais próprios eram de 2 milhões e 25 mil euros e em 2018 1 milhão 978 mil euros”. Para Jorge Patrão esta é a realidade dos números e “não há outros”.

A troca de argumentos entre o deputado do PSD e o administrador do Parkurbis subiu de tom e levou o presidente da Assembleia Municipal a intervir para encerrar o ponto da ordem de trabalhos.