Vereador do CDS acusa CMC de ocultar endividamento

José Luiz Adriano, vereador em substituição de Adolfo Mesquita Nunes, na última reunião do executivo acusou a maioria de “não ter uma gestão tão tranquila” como quer fazer parecer quando afirma que “está financeiramente estável”. A questão surgiu na apreciação da contração de um empréstimo de curto prazo para 2020, no valor de 1,5 milhão de euros. O vereador questiona o porquê da operação se “há estabilidade financeira”.

Para o CDS, a questão dos empréstimos na câmara “é crónica e não se entende, se, como afirma o presidente, o endividamento está a baixar”. O vereador centrista diz que nesta matéria “não convém ocultar a realidade”, e votou contra a operação.

Acusações que não têm razão de ser explicou Vítor Pereira aos jornalistas. Trata-se de um empréstimo de curto prazo, “que terá que ser pago até 29 de dezembro”, logo não conta para o endividamento da autarquia e será “para fazer face a questões de tesouraria”. O autarca explica que se “recorre a este instrumento porque é vantajoso”, afirmando que os juros totais, “que na última operação deste género foram de 3 mil euros”, são absorvidos pelas vantagens que se conseguem, frisando que “pagando a 9 dias como fazemos, consegue-se comprar mais barato”.

O autarca encara as críticas do CDS como vindo de “alguém, que não está habituado à gestão autárquica”. A proposta para abertura de procedimento para a contratação do empréstimo foi aprovada por maioria.