BA Cova da Beira angariou mais de 32,5 toneladas de alimentos

32 mil 783 quilos de alimentos foram doados durante o fim-de-semana ao Banco Alimentar (BA) Contra a Fome da Cova da beira.

Um “gesto de solidariedade” que enche de satisfação os responsáveis pelo banco. Paulo Pinheiro, presidente da instituição, disse à nossa reportagem ontem à noite, durante o processo de armazenamento dos alimentos doados, que “os resultados parciais” da campanha deixavam antever que “a fase em que parecia que a época de crise tinha passado foi ultrapassada e as pessoas foram solidárias, porque reconhecem que há muita gente a precisar”.

Pela análise das dádivas que foram chegando ao armazém na Boidobra, Paulo Pinheiro concluiu que muita gente “deu caixas completas de alimentos, há muita gente a oferecer sem pedir nada em troca” o que contribuiu para a satisfação geral da direção e voluntários.

Para além da quantidade doada, Paulo Pinheiro mostrou-se “orgulhoso” dos muitos voluntários que “mesmo numa noite fria como a de ontem” estavam no armazém onde até as crianças mostravam sorrisos, transmitindo o que deve ser o Banco “ajudar com alegria”, frisou.

Quanto aos destinatários, o Banco Alimentar tem protocolo com mais de 30 instituições, e o responsável afirma que “infelizmente o número de pessoas a precisar é estável, quando deveria estar a diminuir”

De resto Paulo Pinheiro afirma que há duas realidades distintas na zona de influência do Banco Alimentar Contra a Fome da Cova da Beira, que para além de ajudar instituições da Covilhã, Fundão e Belmonte, chega ainda ao Sabugal, Guarda, Pinhel, Manteigas, Trancoso, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Seia e Gouveia.

“Por um lado as necessidades de uma zona mais citadina, que sofre com desemprego e por outro lado, o meio rural em que há pessoas que deixam de conseguir tratar da sua horta e a família não está presente e não se apercebe da necessidade” frisa o responsável que considera a situação “muito preocupante”.

O Banco Alimentar Contra a Fome da Cova da Beira apoia, através das instituições com quem tem rubricados protocolos, cerca de 2500 pessoas, mas na região, há mais de 10 mil necessitados, “alguns a receber ajuda de instituições mas outros não”, avisa Paulo Pinheiro.