Ensino Superior: “Estado “não belisca” autonomia das Instituições”

O Instituto de Politécnico de Castelo Branco, IPCB, vai receber mais 4% de verbas do estado, anunciou ontem o Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Teixeira Sobrinho, durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2020, avançando que estão a trabalhar para “aumentar receitas e diminuir despesas” sem “beliscar a autonomia” do Instituto.

O governante respondia a Nuno Fazenda, deputado do PS eleito pelo círculo eleitoral de Castelo Branco, que questionou a tutela sobre as “medidas de discriminação positiva previstas para este ano” e se “haveria aumento nas verbas a transferir”.

João Teixeira Sobrinho realça que o IPCB tem no orçamento para este ano “um reforço de 4% para além das propinas, cerca de 600 mil euros” vincou, considerando que se trata de “um contributo” para ultrapassar as dificuldades da instituição. O Secretário de Estado vincou ainda que irão promover a “redução de despesas” sobretudo “estimulando a relação entre as várias escolas que o compõem, para que deixe de ser uma federação de escolas”, frisou.

O Secretário de Estado frisou que “não pretendem com estas medidas beliscar a autonomia das instituições”, referindo principalmente aos politécnicos de Castelo Branco, Tomar e Santarém, mas sim “ajudar ao seu crescimento”, o que é “uma intervenção correta”.

Salientou ainda que que para além do reforço de verbas estão “a trabalhar com o Ministério da Coesão Territorial” para arranjar projetos que envolvam a “região e as empresas para aumentar as receitas”.

De resto o Secretário de Estado reconheceu “o grande trabalho” das Instituições de Ensino Superior no interior do país “em prol do seu desenvolvimento” destacando “a captação de estudantes internacionais que ajudam a inverter a realidade demográfica, pois são pessoas que irão acrescentar valor à região e ao país”. Deu como bons exemplos o caso da Universidade da Beira Interior, “que cresceu de 10% para 20% em 4 anos e do IPCB que cresceu de 6% para 15%”.