Junta de Cortes do Meio assume gestão dos baldios

A Junta de freguesia de Cortes do Meio voltou a tomar conta dos destinos dos baldios da freguesia. Um ano e meio depois da polémica se instalar, “iniciou-se um novo ciclo na gestão dos baldios da freguesia”, realçou Ilídio Serra dos Reis, eleito presidente da mesa nas eleições de dia 12 de janeiro.

Dos mais de 950 compartes que integram a associação votaram apenas 111, “muitos não conseguiram votar uma vez que os cadernos eleitorais não são atualizados desde 2014”, acusou o recém-eleito presidente da mesa, esta é uma situação que “pretende alterar” na primeira reunião da assembleia geral de compartes.


Jorge Viegas, presidente da Junta de freguesia, foi eleito presidente do conselho diretivo da associação, “que historicamente foi sempre dirigida pela Junta, o que só não se verificou após as últimas autárquicas, em que os órgãos sociais da associação continuaram em funções. A 4 de dezembro o povo da freguesia saiu à rua e exigiu a sua demissão, o que acabou por acontecer”, explicou Ilídio Serra dos Reis.

Na sua primeira intervenção como presidente Jorge Viegas realçou que “o importante agora é trabalhar com os olhos postos no futuro” salientando que não quer “criar clivagem mas sim unir”. O grande objetivo é “continuar a criar melhores condições aos compartes e gerar riqueza nos baldios para poder realizar obra”, salientou. Assume como primeira prioridade levar “aprovar em assembleia de compartes a delegação de competências na Junta de freguesia, para que não se volte a verificar o que aconteceu no último ano e meio”. Reforçou que “não faz sentido que a junta gira apenas 20% do seu território estando a freguesia separada”. O presidente da junta “lamenta que os anteriores gestores da associação apenas o tenham compreendido quando o povo saiu à rua”.

José Armando Serra dos Reis, vereador na Câmara da Covilhã e fundador da associação de compartes, esteve na cerimónia de tomada de posse e realçou que “na génese da sua criação esteve o conseguir mais um instrumento de trabalho para captar fundos para o desenvolvimento do território, devendo por isso ser gerida pela Junta”.

No próximo triénio o conselho diretivo é presidido por Jorge Viegas, a Mesa da Assembleia por Ilídio Serra dos Reis e a Comissão de Fiscalização por Raquel Duarte.