“Se estavam à espera de uma montanha…têm um ratinho”

É uma das expressões usadas por Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, na reunião pública do município, esta sexta-feira, sobre o dossier enviado a Adolfo Mesquita Nunes, vereador do CDS-PP, em que a autarquia discrimina todas as contratações do “Grupo Município da Covilhã”, (CMC, ICOVI, ADC e Parkurbis), desde julho de 2017.

Os números de contratações foram tornados públicos, pelo vereador com o pelouro dos recursos humanos na autarquia, Jorge Gomes. Segundo avançou, para a Câmara Municipal da Covilhã “apenas entraram funcionários ao abrigo da lei dos precários”, para a ADC foram contratados 26 colaboradores e saíram nesse período 20 funcionários, já na ICOVI foram contratados 8, quanto ao Parkurbis, saíram nesse período 3 tendo no quadro 2 colaboradores. Contas feitas, disse o vereador “não existe incremento muito elevado do número de funcionários, referindo mesmo que “em alguns casos haverá ainda necessidade de contratar mais”.


Para além dos números apontados, o vereador do Movimento “de Novo Covilhã”, Paulo Rosa, questionou a existência de contratos de outsourcing, situação que foi negada por José Miguel Oliveira, que acrescentou que “no futuro, por acréscimo de trabalho, não possam vir a existir”. Jorge Gomes garantiu ainda que, não existem na autarquia, trabalhadores “prestadores de serviços, com horário fixo e hierarquia”, os chamados “falsos recibos verdes”.

O presidente da Câmara afirmou que toda a informação “detalhada, com datas, nomes e cargos” foi enviada a Adolfo Mesquita Nunes, conforme este tinha solicitado. O autarca, dirigindo-se a José Luíz Adriano, vereador que na reunião substitui Adolfo Mesquita Nunes, acrescentou que “toda a informação foi prestada, de forma clara, sem qualquer margem para dúvidas”, salientando que “se estavam à espera de uma montanha têm um ratinho”.  

Aos jornalistas, sobre a suspeição de contratação de familiares ou militantes do PS, o presidente da Câmara da Covilhã, reforçou que “não sabe o partido nem orientação de qualquer um dos contratados, os responsáveis pelos recursos humanos procuram competência”, referiu.