Contas de 2018 da CMC com resultado “histórico e inigualável”

Um resultado “inigualável e histórico” em 2018. É desta forma que Vítor Pereira, presidente da Câmara da Covilhã, classifica o resultado final das contas do município no ano passado. Os documentos foram aprovados, por maioria, esta manhã em reunião extraordinária do executivo, com o voto contra do CDS-PP, única força da oposição presente na reunião.

Dos cerca de 51 milhões de euros orçamentados, o município executou 43,7 milhões, cerca de 85%, anunciou o presidente da autarquia. Vítor Pereira destaca a diminuição do passivo exigível em 8,7 milhões de euros, fixando-se em 37,2 milhões. Para o presidente os “resultados espelham o esforço que tem sido feito para estabilizar as finanças”. Com estes números, segundo avançou, a autarquia deixou de estar “no vermelho” para entrar no ciclo de “normalização” financeira.


Contas feitas, avança o edil, o passivo geral de 150 milhões em 2013, passou para 76,5 milhões no final do ano passado, ano em que a autarquia o reduziu em 16 milhões de euros.

A execução “real concreta e objetiva do orçamento foi de 85%” salienta Vítor Pereira, acrescentando que em termos de endividamento, “a autarquia tinha em 2013 uma taxa de 297% e no final de 2018 atingiu 148%”. Números e execução elogiados pela maioria socialista, mas que não passaram no crivo da oposição.

Para o CDS “a taxa de execução é enganadora, resulta de correções orçamentais, que anteviam uma taxa de execução muito inferior”, acusou o vereador centrista José Luiz Adriano, acrescentando que há rubricas que têm execuções manifestamente “insuficientes que são reveladoras de uma ineficácia na gestão autárquica”, exemplificando com construção e reparação de edifícios com 6,2%, orçamento participativo de 2016, com 60% e de 2017, com 0%, proteção civil e luta contra incêndios 36%, desporto e tempos livres com 44%.

Considerando positiva a diminuição do passivo do município, José Luiz Adriano, frisa que se “conseguiu com as operações de substituição de dívida” salientando que “se poderia e deveria ter ido além dos 50% atingidos” e aproveitado “totalmente a magnífica oportunidade de restruturar a totalidade da divida”.

O vereador do CDS-PP criticou ainda o aumento da despesa com pessoal, em cerca de 600 mil euros anuais, um aumento que Vítor Pereira justifica com a reposição salarial e com o aumento de funcionários devido à integração de precários.