CPCJ Covilhã com 68 casos de violência doméstica

Dos mais de 80 casos sinalizados no ano passado pela Comissão Proteção de Crianças e Jovens em Risco da Covilhã, 68 referem-se a casos de violência doméstica.

Dados avançados à Rádio Covilhã, por João Maximino, presidente da CPCJ Covilhã. O responsável frisa que “este é o maior número de sinalizações no seio da organização”, embora em muitos casos as crianças “não sejam agredidas, fazem parte do agregado familiar” em que tal situação se verifica. Um número que “duplicou quando comparado com 2017” salienta.


João Maximino reforça que este aumento não significa que “tenha havido um aumento do número de casos”, explicando que é, por um lado, o reflexo do “despertar da população para a denúncia” e por outro pelo “facto de as forças policiais estarem obrigadas a comunicar à CPCJ todos os casos denunciados”, o que se reflete no aumento desde 2015, ano em que passou a ser obrigatória a comunicação.

Desde 2013 que na CPCJ da Covilhã os casos ativos têm vindo a aumentar, “passaram 38 naquele ano, houve um pico em 2017 de 120 e estabilizou agora nos 85” refere o presidente, acrescentando que é o reflexo “do trabalho da comissão que é cada vez mais conhecido, com maior intervenção junto das escolas e das famílias”.

João Maximino salienta ainda o trabalho que a comissão realiza junto das escolas, uma vez que “o abandono escolar era preocupante”, havia em 2014, 38 casos e em 2017 passou para 5, “graças às ações de sensibilização realizadas junto dos próprios jovens”, reforça.

O mês de abril é o mês por excelência para chamar a atenção para esta problemática, uma vez que é o mês de prevenção dos maus-tratos na infância. A CPCJ Covilhã desde o dia 1 vem realizando diversas iniciativas, “que culminarão no dia 30, com a realização de um laço humano em todas as escolas, às 14:30”. Destaque também para a sensibilização através dos meios digitais do município, onde diariamente passam frases alusivas ao tema.