1º maio: aumento salário mínimo e luta contra lei laboral proposta pelo governo

O aumento do salário mínimo nacional para os 850 euros foi a reivindicação da CGTP no primeiro de maio, de que fez eco na Covilhã, Luís Garra, coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco.

Para o sindicalista, só com salários dignos a economia nacional terá o motor necessário para crescer. A proposta de 850 euros é exequível e a central sindical mostra-se “disponível para negociar uma calendarização para a sua execução” afirmou o coordenador.


Durante a intervenção sindical, no comício festa que decorreu no Jardim Público, na Covilhã, Garra prometeu luta às leis laborais propostas pelo governo, que refletem políticas de direita castradoras dos direitos dos trabalhadores. Os salários, pensões e reformas com baixos valores, precariedade e horários desregulados que levam a uma vida “que não é cor-de-rosa como o governo pinta”, mas que também “não pode ser laranja como outros querem”, vão merecer luta dura, disse o sindicalista.

Uma lei que pretende “legalizar a precariedade”, permitindo que “haja contratos a termo para postos de trabalho efetivos”, acusa Garra, sublinhando que “caso a lei passe na Assembleia da República” terá “forte oposição da CGTP para a sua implementação”.

Garra anunciou ainda a criação de um “amplo movimento para lutar pelos direitos do interior” como a abolição de portagens, e a construção de vias estruturantes como IC6, IC31, o alargamento ao interior das políticas de passes socias, a reivindicação de ligações ferroviárias regulares entre a Guarda, Belmonte, Covilhã, Fundão e Castelo Branco, com preços acessíveis.

 Um discurso em que Luís Garra criticou o governo e da direita. Apelou à mobilização para as lutas que se avizinham na luta contra a precariedade, melhores salários, assédio moral entre outras violações dos direitos dos trabalhadores. O sindicalista lembrou ainda a greve dos trabalhadores das grandes superfícies “que têm direito a estar com a família e por isso devem encerrar ao domingo”, frisou.

O sindicalista alertou ainda para “a democracia” que não pode ser encarada como “um valor adquirido”, porque “os populistas, mascarados na extrema-direita, estão à espreita para atacar e pôr em causa a liberdade e democracia conquistadas”.

O sindicalista mostrou-se satisfeito com a forte adesão que as várias iniciativas levadas a cabo pela União dos Sindicatos de Castelo Branco em diversos locais, para assinalar o Dia Internacional do Trabalhador.