“Ataque ao Pâmpano” na Boidobra

Tem início hoje e decorre ao longo de todo o fim-de-semana na Boidobra, a 6ª edição do “Ataque ao Pâmpano”.

Um evento de rua, com animação de grupos da região, que vão de grupos de bombos a tunas académicas, conta ainda com tasquinhas para degustar os produtos da região e venda de artesanato. Decorre na principal artéria da Boidobra, tem organização do Agrupamento de Escuteiros.


António Machado, chefe do agrupamento disse à nossa reportagem que a festa irá decorrer nos mesmos moldes de anos anteriores, “embora com novidades”.

O objetivo é angariar verbas para a requalificação da sede dos escuteiros, que “adquiriram com verbas angariadas pela associação”, refere António Machado, frisando que “a dimensão das obras é de tal ordem que se não houver apoios de outras instituições será muito difícil”.

O “ataque ao pâmpano” pretende também chamar a atenção para a lenda que está na origem da construção da Capela de Nossa Senhora da Estrela.

A tradição popular diz que foi construída por Egas Moniz e reza a lenda que “na conquista do território aos Mouros, os terrenos marginais do Zêzere eram incultos e cobertos de matagais. Onde a caça abundava. Aqui veio caçar Egas Moniz e precisamente no sítio da capela foi surpreendido por um animal feroz, chamado pâmpano, com o qual travou combate. Vendo-se perdido, invocou Nossa Senhora de quem era muito devoto, prometendo erguer-lhe uma capela, se ela o livrasse da fera. Como saiu ileso, cumpriu o voto, fundando a capela e dando-lhe o nome de N. Sr.ª da Estrela, por ter sido liberto alta manhã quando a estrela de alva estava luzente no céu”.

Os escuteiros da Boidobra esperam que “a lenda se repita” e consigam “uma nova construção”. António Machado reforça que “o edifico tem todas as condições para ser um grande centro escutista”, com espaço para o desenvolvimento de “todas as atividades do agrupamento da Boidobra” e também “para receber agrupamentos de fora”, que agora já visitam a Boidobra, “mesmo sem condições”, frisa, mas que “poderiam vir em maior número para garantir também a “sustentabilidade financeira” da instituição.