Miradouro do Alto dos Livros poderá ser Geossítio

O projeto do miradouro do Alto dos Livros foi apresentado, no passado dia 22 de novembro, no arranque das atividades comemorativas do Dia Mundial da Floresta Autóctone.

Uma obra que segundo José Armando Serra dos Reis, vereador da com o pelouro das florestas, rondará os 170 mil euros, e tem previstos os acessos entre o miradouro e a estrada 339 bem como “o arranjo urbanístico e o arborizado“.

O miradouro do Alto dos Livros pertence ao Parque Natural da Serra da Estrela, está inserido em reserva ecológica nacional, o que condicionou o “desenvolvimento do projeto em si e o projeto de acessibilidade”, referiu a engenheira Isabel Matias.

Segundo a engenheira o município “já solicitou junto do Geopark que este miradouro fosse classificado como Geossítio”. Frisou ainda que com a intervenção no miradouro pretende-se “reabilitar o espaço, valorizá-lo, preservar a sua identidade e promover a interpretação ambiental do local”.

O projeto tem duas fases, uma diz respeito ao acesso ao miradouro, que é motivado pela própria localização, uma vez que fica distante da estrada nacional, “passa ainda por regularizar o betuminoso existente, uniformizar a largura do caminho em 4 metros e pavimentá-lo, requalificar os aquedutos existentes e reperfilar as valetas” salientou a engenheira.

Numa segunda fase, de acordo com o arquiteto Luís Alçada Batista, a intervenção no miradouro terá como intuito “voltar à topografia inicial para se poder revelar o afloramento que está tapado, criar uma pendente para tornar o terreno aplanado, para reflorestar com árvores autóctones e para implementar as placas indicativas”.

A obra deverá estar concluída em finais de 2020. De relembrar que além da construção miradouro do Alto dos Livros será também construído um novo miradouro na Nave de Santo António, na zona dos Piornos com acesso junto ao Centro de Limpeza da Neve. O município vai também intervir no miradouro da Varanda dos Carqueijais e no Covão.

Estas intervenções enquadram-se no plano de Conservação, Proteção e Desenvolvimento do Património Natural e Cultural, que conta com apoio financeiro através do Pacto da CIMBSE – Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela.