Melhor tese de doutoramento na UBI na área de e-saúde vai ter prémio

A Universidade da Beira Interior (UBI) e a VitalMobile formalizaram, esta quarta-feira, uma parceria que prevê atribuir um galardão à melhor tese de doutoramento na área da e-saúde. Com a designação de “Prémio VitalMobile – Gonçalo Belo”, este irá homenagear o engenheiro falecido em 2017 e que teve um contributo decisivo para que hoje tantos doentes e profissionais de saúde possam dispor de um serviço de telemonitorização.

A VitalMobile, empresa portuguesa que tem desenvolvido uma plataforma própria para telemonitorização de doentes crónicos, desde 2003, pretende, com a atribuição do galardão, “promover uma interação que irá beneficiar as duas instituições”, pois espera que “surjam projetos interessantes que irão beneficiar inclusivamente a região e o país”, afirmou José Belo.

Esta é uma área em que a UBI, e mais concretamente a Faculdade de Ciências da Saúde (FCS), tem já trabalhos de investigação a decorrer, frisou o presidente da FCS, Miguel Castelo-Branco, considerando este protocolo um “estímulo” a esses trabalhos.

Para o responsável, é ainda de salientar o facto de “parceria ser estabelecida com uma empresa, o que irá permitir o desenvolvimento tecnológico”. Para Miguel Castelo-Branco este protocolo irá permitir “melhorias de acessibilidade à saúde de todos, garantindo qualidade”.

O presidente da faculdade não tem dúvidas de que haverá “muitos concorrentes a este galardão” uma vez que é sempre “simpático adicionar um prémio a uma investigação que já é estimulante”. Realça ainda “a atenção do mundo empresarial, para este assunto”.

Para o reitor da UBI, António Fidalgo, o protocolo significa também “um prémio à excelência que a UBI procura”, contribuindo para “o aumento do número de alunos em doutoramento”, frisando que “procuram um aumento não só em quantidade, mas também em qualidade”.

Referir que a Vitalmobile tem um modelo de telemonitorização implementado no Hospital de Viana do Castelo que é referência, após cinco anos de trabalho efetivo no terreno. Este trabalho visa acompanhar doentes com DPOC-Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, que agudizavam com frequência, tendo de recorrer aos serviços hospitalares, urgências e internamentos.

“Apesar dos resultados e do entusiasmo de todos os envolvidos, há ainda trabalho a fazer no que se refere à implementação a uma escala mais alargada, e este passa também pela academia, onde existem já trabalhos sobre estas temáticas que importa valorizar e divulgar para aumentar a confiança dos profissionais nestas soluções”, reconhecem os responsáveis.