Livro de Padre Sousa “não rumina o mal, mas celebra o bem”

“As minhas memórias mais recentes: Vozes de Perto e de Longe” é o novo livro do Padre José Augusto de Sousa, de 86 anos, capelão do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, obra que “é muito dirigida à sociedade” e que procura “não ruminar o mal, mas celebrar o bem”, disse José Augusto Sousa à nossa reportagem.

De 345 páginas, esta é a 4ª obra de memórias do padre e descreve a sua presença no hospital ao longo dos 14 anos em que esteve como capelão, anos que agora estão a acabar, afirmou José Augusto Sousa à RCC, que já pediu para ser substituído, pois já está “muito fragilizado”. “Estimo muito esta instituição”, referiu o padre, acrescentando que este foi um trabalho que o “entusiasmou muito”, mas que agora já não consegue visitar os doentes com a regularidade com que o fazia.

O livro fala também da cidade e das “gentes da Covilhã”, pessoas “extraordinárias” com as quais teve o “primeiro contacto” quando veio de Moçambique e congratula-se por “esta cidade ter sabido sobreviver à dificuldade que teve na questão dos têxteis”.

O primeiro livro do Padre foi lançado em 1971, chamado Sarça Ardente, e esta é já a sua 15ª obra, no entanto José Augusto de Sousa admite que se pudesse escrever outro livro “seria sobre o sentido espiritual da vida”.

 “Memórias mais recentes” conta também com uma reportagem fotográfica sobre o autor e sobre o Hospital.

O livro vai ser apresentado, no auditório do Hospital Pêro da Covilhã, pelas 17h.