Lítio: Movimentos acusam Governo de esconder concessão e criar “fake news”

Em comunicado enviado às redações, a que chamam “nota de denúncia”, quatro movimentos e associações ambientalistas, afirmam que “foi com surpresa” que leram, nas notícias sobre o exclusão de 3 locais no concurso público de extração de Lítio, que já foram concedidas “três licenças de exploração e não apenas a de Montalegre como até agora noticiado”, vincando que, “para além da concessão da Mina da Sepeda à Lusorecursos”, ficaram a saber também “que a Mina do Barroso foi licenciada à Savannah Resources e a Mina da Argemela à parceria PANNN/Almina, SGPS”.

Uma situação que “aconteceu sem qualquer conhecimento das populações, sem qualquer divulgação em tempo real e em total discordância com os parâmetros legais”, vincam a Associação Guardiões da Serra da Estrela, a Petição “Pela Preservação da Serra da Argemela / Contra a Extração Mineira”, a Associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso e a Associação Montalegre Com Vida que subscrevem a nota.

No documento consideram ainda que neste processo tem havido “manipulação da informação”, com a exposição da “opinião pública a mentiras”, sublinhando que nas notícias vinculadas no sábado, com o título “Montalegre, Boticas e Argemela vão ficar de fora do novo concurso do lítio”, este pode induzir em erro “os mais incautos, ou seja, todos aqueles que constituem a massa da opinião pública”, que apenas “lê os cabeçalhos da notícia”.