Covilhã tem encontro com a “cidade fábrica” no “Industrial”

Conferências, visitas artísticas, urban sketching, espetáculos em ambiente industrial e workshops, são alguns dos ingredientes para a edição deste ano do festival “Industrial”, que vai decorrer na Covilhã, de 19 a 22 de março.

Na conferência de imprensa de apresentação do evento, a vereadora da Cultura no Município, Regina Gouveia, destacou a “ligação entre várias artes e a história da Covilhã enquanto cidade fábrica”, para “valorizar o património industrial” e para servir de “motivação da comunidade escolar para essa descoberta”.

Um projeto “equilibrado e bem estruturado” elogiou a Diretora Regional de Cultura do Centro que participou na apresentação do evento. Para Suzana Menezes nestes dias será trabalhado “um património de referência” para a identidade da Covilhã, num evento que “partindo daí, cria novas linguagens para aproximar novos públicos”, razões que levaram “a Direção Regional de Cultura a associar-se”, garantiu.

Para a diretora, “nota-se na programação uma preocupação do município em trabalhar o seu património e em envolver a comunidade na sua história” o que é de realçar, vincou.

A antiga diretora do Museu de Lanifícios da UBI também colabora com a organização e é oradora em algumas das Palestras. Elisa Pinheiro não tem dúvidas que esta atividade “é de muito impacto” e “é uma forma de dar coesão à comunidade”. Para a historiadora “houve traumas no passado” e é preciso “confrontar os covilhanenses com o passado e faze-los sentir-se orgulhosos”, salientou.

Fotografia, ilustração, desenho, musica e dança, são algumas das artes presentes nos 4 dias de Industrial, explicou a vereadora, frisando que “o primeiro dia”, a 19 de março, “será mais científico e técnico” com a realização de palestras sobre “arte e património industrial”. O dia 20 será dedicado “à capacitação de professores e outros técnicos” através de workshops. No dia 21 serão “apresentadas boas práticas, ligadas a centros interpretativos e rotas turísticas centradas em património industrial”, explicou Regina Gouveia. Para o último dia estão reservados passeios através do património junto às Ribeiras da Carpinteira e da Degoldra, Museu de Lanifícios, Centro Histórico e Artes Urbanas. (Programa completo aqui)

A autarca explica que a preocupação do município é trazer “rigor e credibilidade histórica e técnica” ao evento daí “terem como parceiros” na organização entidades como a Direção Regional de Cultura do Centro, o Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, o Museu de Lanifícios e a Universidade da Beira Interior, vincou.

Na programação destaque para um grupo de cerca de 40 urban sketchers, que estarão a “registar em desenho e pintura o património industrial e as memórias associadas à cidade fábrica” de que resultará “uma exposição e uma publicação” que, segundo a autarca, “irá surpreender os covilhanenses”.

Referir que no encerramento de cada dia haverá espetáculos a decorrer. No dia 19 será às 18:00, uma visita guiada ao Museu de Lanifícios com leitura de excertos de “A Lã e a Neve” de Ferreira de Castro pela Asta.

Dia 20 concerto com a vencedora do festival RTP da Canção em 2018, Cláudia Pascoal às 21:30 no New Hand Lab. Dia 21, no mesmo local, a Companhia Kayzer Ballet apresenta “The Avenue” também. O festival termina com um almoço cultural às 13:30 de dia 22.