Quinta Branca: Moradores “desesperam” por arranjo de rua

Há 7 anos à espera do arranjo de uma rua, moradores da Quinta Branca, na freguesia da Boidobra, foram à Assembleia Municipal da Covilhã, dia 6, pedir esclarecimentos. Vítor Pereira diz que a responsabilidade é da Junta de Freguesia, a Junta devolve a bola, “num jogo de pingue-pongue que é o pior que podemos fazer”, disse o presidente.

Segundo relatou Dulce Ruano, a Rua do Alvercão, na Quinta Branca, está quase intransitável, tal a quantidade de buracos que existem. A moradora diz que esta é uma situação que se arrasta há 7 anos, “e a cada inverno que passa se degrada mais”, explicando que “já não sabemos como passar com as viaturas”. Vinca que “enviaram inúmeros e-mails para a autarquia”, que responde que “não está alheia”, ou que “tem orçamento para a obra”, mas, relata, “nada acontece”.

Dulce Ruano frisa que “só lhes restou a opção de ir à Assembleia Municipal “pedir encarecidamente o arranjo da rua”.

O presidente da Câmara considera que “esse caminho, como é vicinal, é da responsabilidade da junta”, acrescentando que a Câmara “pode ajudar neste arranjo”, mas a “competência material dos caminhos vicinais é da junta”, afirmando que “não se trata de sacudir a água do capote”.

“Estamos a entrar num jogo de ping-pong, que é o pior que podemos fazer”, afirmou Marco Gabriel presidente da Junta de Freguesia da Boidobra. O autarca explica que “não se pode interpretar a lei dessa forma”, porque, com a sua revisão, passaram a ser caminhos vicinais “todos os que não são municipais” e há muitas ruas no concelho, “como a avenida 25 de Abril” exemplificou, que sendo, à luz da lei, vicinais, são competência da Câmara.

Para além desta lacuna na lei, Marco Gabriel também questionou “quem permitiu a construção naquele local e quem cobrou as taxas” ou até mesmo “quem é que alcatroou a estrada”. O presidente de junta diz que no limite “que se retire o alcatrão” porque a junta “só tem alfaias agrícolas para tratar caminhos em terra batida”, acrescentando que “é paradoxal a responsabilidade ser da junta e a Câmara ter um projeto para realizar a obra”.