Vítor Pereira é contra o fim da quarentena obrigatória para quem chega

 “Uma má decisão que pode pôr em causa tudo o que já tinha sido feito”. É esta a posição do presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, sobre o revogar da quarentena obrigatória para as pessoas que cheguem ao território.

A quarentena obrigatória para quem chegasse à Cova da Beira Foi decretada pela Delegada de Saúde da Região, uma medida que Vítor Pereira e restantes autarcas da região aplaudiram.

Entretanto a provedora de justiça criticou a medida. Afirmando que o isolamento dos cidadãos vindos do estrangeiro, só por si, é um “critério cego”, ficando por explicar “a razoabilidade, a adequação e a necessidade da medida”, considerou.

“Só os cidadãos portugueses serão potenciais focos de contágio, pelo simples facto de regressarem do estrangeiro”, questionou a provedora, frisando que não lhe parecia ser uma medida necessária e adequada.

Vítor Pereira lembra que a medida não abrangia apenas emigrantes e também migrantes de todo o território nacional, considera que não se estava perante “uma discriminação”.

“Temo que esta revogação venha pôr em causa tudo o que já tinha sido feito e causar ainda mais confusão às pessoas que vão recebendo informações contraditórias. E tudo isso me preocupa imenso”, sublinhou.

A medida acabou revogada pela diretora-geral da Saúde, que declarou que cabe às entidades locais e regionais de saúde, em função da avaliação da situação da evolução da pandemia Covid-19 nos seus territórios, a cada momento, sinalizar e solicitar essa pretensão, para que, do ponto de vista nacional, sejam articuladas soluções nacionais com iguais critérios de aplicação, algo discordado por Vítor Pereira, que relembra que a medida “não era discriminatória, pois não abrangia apenas emigrantes, mas também migrantes de todo o território nacional”.

Recorde-se que o presidente da Câmara Municipal da Covilhã concordou com o decretar por parte da Delegada de Saúde da Cova da Beira do isolamento profilático obrigatório para todos os que regressassem do estrangeiro ou de outras zonas do país.