USCB questiona legitimidade do Lay-off

A União de Sindicatos de Castelo Branco considera que com o Lay-Off simplificado “as grandes empresas ganham, a segurança social paga e os trabalhadores perdem”, descreve em comunicado enviado à nossa redação.

“No Lay-Off simplificado as empresas recebem, a segurança social paga e os trabalhadores perdem, pois estes apenas recebem 2/3 da sua remuneração (a maioria receberá 635 euros aos quais são deduzidos os 11% para a segurança social). Entretanto, as empresas apenas pagam 1/3 de 70% da remuneração dos trabalhadores, ficam isentos de pagar à segurança social e assim poupam 23,75% e no final ainda recebem do IEFP um Salário Mínimo Nacional (635 euros) por cada trabalhador colocado naquela situação”, acrescenta na nota.

A USCB questiona ainda se “é legítimo que estas grandes empresas não paguem, pelo menos, a diferença entre o que lhes dá a segurança social e a totalidade do salário dos trabalhadores?”, “é legítimo e moral que os trabalhadores percam rendimento que pode chegar às centenas de euros?”, e “é aceitável que um trabalhador que trabalhe em turnos ou no terceiro turno, estando em Lay-Off parcial, receba apenas o equivalente ao Salário Mínimo Nacional, não sendo na prática remunerado pelo trabalho em turnos ou nocturno?”.

“Isto não é legítimo, não é moral e é inaceitável e por isso estas empresas devem assegurar o pagamento da diferença. Aliás houve empresas que assim fizeram. A título de exemplo lembramos a J3LP do Fundão e por isso as realçamos” refere.