Tempestade: Governo pondera linha de crédito

Em entrevista à TSF a ministra da Agricultura avança que o Governo está a avaliar os estragos decorrentes do temporal de domingo, ponderando a criação de uma linha de crédito para apoiar os produtores. Ainda assim, a ministra da Agricultura considera prematuro falar em estado de calamidade, numa altura em que ainda está a ser feito o levantamento dos prejuízos.

Recordar que a Associação Distrital de Agricultores de Castelo Branco já reivindicou a declaração de estado de calamidade pública, exigindo medidas urgentes de apoio aos agricultores. Já a Câmara de Belmonte avançou mesmo com o estado de calamidade municipal.

Maria do Céu Albuquerque diz que ainda é cedo para decretar a medida, uma vez que “ainda não existem dados que permitem avançar para o estado de calamidade. O que estamos a fazer agora é um levantamento exaustivo de todas as situações para acautelar os efeitos das perdas.”

O Governo aponta para prejuízos superiores a 20 milhões de euros na região Centro, principalmente nos concelhos do Fundão, Covilhã, Belmonte, Castelo Branco e Idanha-a-Nova. Já na região do Douro Sul a estimativa é de 16 milhões de euros em perdas, apenas nos pomares de maçã.

Questionada sobre a exigência do CDS que pede ao Governo que apoie diretamente os agricultores afetados pela trovada, sem esperar pelos fundos comunitários, Maria do Céu Albuquerque garante que já estão a ser estudadas medidas.

Maria do Céu Albuquerque admitiu ainda a possibilidade de utilizar “uma medida específica para calamidades e catástrofes naturais, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural de 2020, para apoiar investimentos destinados à prevenção”. A medida em causa poderá permitir aos produtores das duas regiões instalar equipamentos como redes antigranizo.