Máscara insegura à venda em Portugal já foi retirada e Continente devolve dinheiro

A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) alerta que a máscara Mei Shu Hu KN 95 não deveria estar no mercado, segundo o Sistema de Alerta Rápido para Produtos não Alimentares da União Europeia. A Deco diz que a encontrou à venda no Continente, que já garantiu a esta associação ter retirado a máscara das lojas e que irá devolver o dinheiro aos consumidores.

A Deco alerta que a máscara rotulada como pertencendo à categoria FFP2, não deveria estar no mercado. A Associação dá conta de que esta deveria filtrar, pelo menos, 95% das partículas de pequena dimensão, segundo o Regulamento Europeu relativo aos equipamentos de proteção individual, mas retém, no máximo, 93%, citando o site do Sistema de Alerta Rápido para Produtos não Alimentares (Rapex).

“Além disso, não se adapta bem à cara. A inconformidade, notificada pela autoridade belga, implica a retirada do produto do mercado em todos os Estados-membros e a recolha do que já foi vendido aos consumidores”, avança a Deco, reforçando o aviso da Rapex: “uma quantidade excessiva de partículas ou microrganismos pode passar pela máscara, aumentando o risco de infeção”.

Segundo a Deco, o alerta sobre a disponibilidade do produto em Portugal chegou a esta associação através de um leitor, via Twitter, que o encontrou à venda no Continente. “Há, no entanto, a possibilidade de estar disponível noutros estabelecimentos. Alertámos a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)”, dando conta que a associação já contactou a cadeia de hipermercados.

O Continente reagiu ao contacto da Deco, indicando: “assim que alertada pela autoridade económica para este facto, o produto foi retirado de comercialização e a Modelo Continente irá ressarcir os clientes que o pretendam devolver”.

“Aos consumidores que adquiriram máscaras Mei Shu Hu KN 95, recomendamos que não as usem e peçam a devolução do que pagaram pelas mesmas, na loja onde as compraram. Devem levar o talão de compra e as máscaras restantes, se as houver”, acrescenta a Deco, sublinhando que em caso de recusa, deve ser apresentada queixa à ASAE e que caso já não tenha o talão de compra, deve contactar o importador do produto: SDT – Eletrónica.