Concurso para sistema de mobilidade da Covilhã sem concorrentes obriga a novo prazo

O concurso internacional para a concessão do sistema de mobilidade da Covilhã tem mais um mês para as empresas interessadas entregarem propostas. A publicação da prorrogação do prazo foi publicada a 6 de julho em Diário da República.

Segundo explicou José Armando Serra dos Reis aos jornalistas no final da reunião de Câmara desta sexta-feira, “esta necessidade prende-se com o facto de não haver concorrentes, uma vez que há concursos a decorrer mais apetecíveis que este”, justificou o presidente em exercício.

O autarca não põe de parte uma nova prorrogação de prazo, “dadas as atuais circunstancias face à pandemia e também ao período de férias”, sustentou.

O facto de não terem surgido propostas nesta primeira fase “é natural”, avançou ainda Serra dos Reis, “uma vez que estão a decorrer os concursos, por exemplo de Lisboa e Porto e é normal que as empresas queiram primeiro as concessões que lhe dão mais lucro”, especificou.

O presidente em exercício esclarece que mesmo com estes novos prazos, que poderão levar o concurso até outubro, “os transportes na cidade serão sempre assegurados, uma vez que serão feitos acordos com a empresa que está a prestar esse serviço”, disse José Armando Serra dos Reis.

Recordar que o Concurso Internacional tem um valor base de licitação de 8 milhões de euros, para uma concessão de 10 anos não renovável e foi publicada no Diário da República a 24 de abril.

Para além dos serviços de transporte, o plano inclui estacionamento à superfície e subterrâneo, (300 lugares à superfície e 700 em silos) mobilidade suave com bicicletas e trotinetas, serviço de elevadores e funicular. Uma integração que visa “conseguir escala” e “acabar com a concorrência entre os vários modos de transporte, a bem dos utilizadores”, explicou à RCC Válter Duarte, responsável pela elaboração do plano. As carreiras urbanas terão uma lógica semicircular no centro, com as carreiras suburbanas também a ser integradas.

Outra das grandes alterações será a concessão dos elevadores e funicular, com o concessionário a “ser responsável pela sua manutenção”. Estão previstas “coimas caso as paragens nos equipamentos sejam prolongadas”. Os equipamentos serão grátis para moradores do concelho e com uma taxa de 50 cêntimos para utilizadores ocasionais.