Associação de Agricultores reclama na AR apoios a fundo perdido para prejuízos do mau tempo

 A Associação de Agricultores do distrito foi ontem ouvida na Comissão da Agricultura e Mar na Assembleia da República (AR) e na intervenção reclamou “apoios a fundo perdido de 50% dos prejuízos” provocados pela intempérie do final do mês de maio e “um empréstimo de fácil acesso sem juros, com um período de carência de 5 anos e um período de amortização de 10 anos”.

Segundo a intervenção a que a Rádio Covilhã teve acesso a Associação considera que “a única medida” que até agora foi avançada pelo governo, “o Despacho Normativo n.º6-A/2020, que prevê um apoio de 40 euros por hectare para os pomares e 20 euros por hectare de vinha” é “insignificante e manifestamente insuficiente”.

O regadio foi outro dos temas abordado na intervenção e a associação relembrou o governo que na região “os agricultores são frequentes vítimas de chuvas intensas e verão quente e prolongado, com secas severas e extremas”, vincando que se impõe “a necessidade de mais investimentos em sistemas de regadio”.

Relembrando que o “regadio da Cova da Beira ocupa uma área que envolve 29 freguesias dos concelhos do Sabugal, Belmonte, Covilhã, Fundão e Penamacor”, frisa que, face ao muito tempo que levou na sua execução, “neste momento são necessários investimentos públicos para que haja uma adequação à atual estrutura fundiária”, defendendo que “há solos com excelente aptidão agrícola, como os terrenos na margem direita do rio Zêzere no concelho da Covilhã, a zona do Colmeal da Torre no concelho de Belmonte e a zona da Grameneza no concelho do Fundão que ficaram excluídos deste investimento”.

A associação defende ainda a sua extensão a sul da Gardunha, abrangendo os concelhos do Fundão e Castelo Branco “onde já existem várias propriedades de pomares, vinhas e pecuária”.