Dádivas de Sangue caem 7% no primeiro semestre. Pós-desconfinamento tem sido de “recuperação”

As dádivas de sangue caíram no primeiro semestre deste ano em cerca de 7% face ao mesmo período do ano transato, anunciou a presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Maria Antónia Escoval, no lançamento da campanha “Dê Sangue – Ajude a Vida a Vencer”, escreve a agência Lusa.

Segundo os dados apresentados verificou-se um total de dádivas nos primeiros seis meses de 2020 de 82.285, ou seja, menos 6.216 do que as 88.501 no mesmo tempo no ano anterior. Quanto aos dadores, foram registados 100.737 dadores no primeiro semestre (104.772 em 2019), dos quais 8.861 doaram pela primeira vez (9.395 em 2019), traduzindo quebras de 3,9% e 5,7%, respetivamente.

Considerando globalmente os resultados “muito bons”, Maria Antónia Escoval salientou as quebras significativas de dádivas em março e abril deste ano, período em que vigorou no país o estado de emergência. Com efeito, em março a descida atingiu os 33,9% (menos 5.856 dádivas) face a março de 2019, enquanto em abril de 2020 a quebra foi ainda maior em termos relativos, ascendendo aos 36,9% (menos 5.546 dádivas).

O pós-desconfinamento traduziu-se já numa recuperação dos números de dádivas, com maio a assinalar um crescimento de 15,9% (mais 2.349), para um total mensal de 17.173, e junho a subir também 3% (mais 439), com um total de 14.803. O IPST sublinhou ainda o aumento significativo ocorrido em fevereiro, ainda antes da pandemia de covid-19 chegar a Portugal, em que o número de dádivas progrediu 17%, para um total de 16.617 nesse mês.