Portagens: Plataforma admite cortar A23

A Plataforma p’la Reposição das Scuts admite cortar a A23 caso os descontos não sejam aplicados no terceiro trimestre do ano, que iniciou a 1 de julho, como anunciado pelo governo, disse José Gameiro, presidente da Associação Empresarial da Beira Baixa, em conferência de imprensa realizada esta manhã.

“Se as medidas tivessem entrado a 1 de julho como dito, se calhar hoje não estaríamos aqui”, referiu José Gameiro, mas como não entraram “tivemos que vir à rua”. “Temos que trazer massa humana da região para nos fazermos ouvir”, acrescentou, salientando que “se tivermos que cortar a A23 é o que vamos fazer”.

Luís Garra, presidente da União de Sindicatos de Castelo Branco, avançou que transmitiu a Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, que a medida proposta para descontos de portagens “não tinha eficácia nem benefícios para a maioria da população” e propôs que as portagens tivessem um desconto de 25% até ao dia 15 de cada mês, e de 40% nos restantes, “política de descontos que ia continuar até à abolição”.

Luís Garra criticou ainda o Governo, referindo que o amor que tem pelo Interior é como “os amores de verão, passam depressa”. O presidente da USCB vinca que, neste momento, a reivindicação é que “em vez de andar com modelos de descontos que não descontam coisa nenhuma, que optem pela suspensão das portagens”. “Se vierem com os descontos como anunciaram, não terão o nosso acordo, mas sim a nossa oposição”, motivo para que a Plataforma volte à estrada, vincou.

A Plataforma sublinha “que com medidas de saúde ou sem elas, se a solução não aparecer a luta vai ser inevitável”.

A Plataforma é composta pelas Uniões de Sindicatos da Guarda e de Castelo Branco, Associações Empresariais da Guarda e da Beira Baixa, Comissão de Utentes da A23 e A25, e a Associação de Empresários pela Subsistência do Interior.