Covilhã: CLDS vai intervir em todo o concelho no combate à pobreza e exclusão

Ao longo dos próximos 3 anos a Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, por designação da Câmara Municipal, vai coordenar o consórcio, em que estão também a Coolabora e Arpaz, Associação Regional de Solidariedade para o progresso do alto Zêzere, para implementar em todo o concelho o CLDS.4G.Covilhã, anunciaram esta sexta feira em conferência de imprensa.

O Contrato Local de Desenvolvimento Social da Covilhã (CLDS) pretende intervir junto da população “mais frágil, nomeadamente desempregados, crianças e jovens que enfrentem situações de pobreza e idosos, especialmente se viverem sós ou isolados”, explicaram as instituições parceiras, vincando que a finalidade é “promover a inclusão social, através de ações a executar em parceria, por forma a combater a pobreza persistente e a exclusão”.

O consórcio priorizou 3 eixos de intervenção que terão atividades ao longo dos 3 anos, sendo que no eixo 1 se centrarão ações para promover emprego, formação e qualificação, no 2 intervenção familiar e parental preventiva da pobreza infantil e no eixo 3 promoção do envelhecimento ativo e apoio à população idosa.

As atividades serão prioritariamente dinamizadas por uma equipa, pluridisciplinar, constituída por um coordenador e 3 técnicos e terá sede nas instalações da Misericórdia da Covilhã.

Regina Gouveia, vereadora com o pelouro da ação social da autarquia, destaca a parceria que este projeto proporciona entre “entidades que já estão a trabalhar no terreno, ligando as suas ações e sendo assim mais eficaz em relação aos grupos sociais a beneficiar”, disse na conferencia de imprensa, frisando que desde o primeiro momento o município se bateu pela criação deste CLDS, escolhendo a Santa Casa da Misericórdia para a coordenação, assim como os restantes integrantes, pela experiencia que têm nas várias áreas.

Neto Freire, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã mostrou-se convicto do sucesso do projeto “porque é prático e assenta na partilha de todos os que irão trabalhar e de todas as entidades”, salientando mesmo que “este é o único que tem parcerias” pois a “misericórdia entendeu que só com outras entidades se atinge o sucesso”, em que acredita “plenamente”

Graça Rojão, da Coolabora, destacou ainda a “parceria coesa” que se estabeleceu entre as 3 entidades que integram o consócio. Afirmou que “o objetivo é que se consiga mobilizar ainda mais pessoas e mais entidades porque trabalhar em parceria e em rede é levado muito a sério e só assim se conseguem resultados”.

A responsável afirma ainda que “vivendo num concelho do interior, com uma população envelhecida, em que há índices de pobreza elevados, agravados pela pandemia, se justifica mais que nunca colocar no terreno este projeto, para combate à pobreza, injustiça e desigualdades”

Para além de ações práticas que já estão no terreno, o consórcio está também a organizar dois encontros nacionais de CLDS, um on-line em outubro e outro que será presencial na primavera de 2021.