Governo facilita condições de acesso da comunidade emigrante ao Ensino Superior

Os alunos provenientes da comunidade emigrante candidatos ao ensino superior em Portugal passam a poder fazer o reconhecimento do ensino secundário nos países de origem, disse à Lusa o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Um aluno emigrante ou descendente de emigrantes que quisesse frequentar o ensino superior tinha até agora que fazer o reconhecimento do ensino secundário “praticamente por via presencial na escola secundária da sua origem ou da origem dos seus ascendentes”, explicou João Sobrinho Teixeira.

Se no espaço europeu isso representava alguma dificuldade, fora do espaço europeu essa dificuldade era “enorme”. Por isso, o Governo introduziu este ano “condições novas para que o processo de candidatura possa ser fácil”. “Criámos um sistema em que esse pedido pode ser feito à Direção-Geral de Educação ou nos serviços consulares a partir do país de residência, o que vai agilizar o processo burocrático”, explicou o governante.

O Governo introduziu, por outro lado, pela primeira vez a possibilidade de os alunos provenientes da comunidade emigrante que fizeram o percurso do ensino profissional e vocacional – que já representam mais de 40% do ensino secundário português – poderem também eles ter acesso às licenciaturas através da realização de exames feitos por agrupamentos de instituições do ensino superior.

Esses exames, que começaram por ser pensados para os alunos que fizeram o ensino vocacional e profissional em Portugal, vão avaliar a capacidade que os estudantes provenientes da emigração adquiriram para acesso ao ensino superior tendo em conta o processo de aprendizagem nos respetivos países de origem.