E.M de Melo e Castro “foi sinónimo de poesia experimental portuguesa”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, endereçou à família do poeta covilhanense Ernesto de Melo e Castro as condolências pela morte do poeta em nota publicada no site da Presidência.

“Ernesto de Melo e Castro foi a personalidade mais destacada de um movimento marcante da cultura portuguesa contemporânea e um escritor e artista que muito contribuiu para o diálogo cultural luso-brasileiro” e foi, durante décadas, “sinónimo de poesia experimental portuguesa, tendência que cultivou como poeta, teórico, crítico, conferencista, editor, dinamizador”, refere o documento.

“Da poesia visual e gráfica ao uso de tecnologias e à videoarte, Melo e Castro juntou o conhecimento e o gosto dos clássicos (como Camões) com as vanguardas modernas, dando uma feição cosmopolita e avançada à poesia portuguesa, e fazendo pontes com o Concretismo brasileiro, que teve grande repercussão além-Atlântico”, acrescenta ainda Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República salienta ainda que “se no Brasil encontrou interlocutores mais atentos e com mais afinidades estéticas, diversas instituições portuguesas também foram mostrando e reconhecendo o seu trabalho ousado e vanguardista”.