Festival de Teatro da Covilhã “reduziu espetáculos, mas mantém qualidade”

O Festival de Teatro da Covilhã, que vai decorrer de 24 de setembro a 3 de outubro, “reduziu o número de espetáculos, mas não reduziu a qualidade, que vai ser uma constante ao longo do certame”, afirmou esta quinta-feira Fernando Sena.

O diretor artístico do festival, organizado pelo Teatro das Beiras, falava aos jornalistas na conferência de imprensa de apresentação desta edição 38.

Fernando Sena explicou que “pela primeira vez o evento vai decorrer em setembro”, salientando que a paragem de quase dois meses e meio, a que foram forçados devido à pandemia obrigou a “uma reprogramação”, que influenciou a data do festival.

Outra das alterações do evento, provocada também pela pandemia que se vive, está relacionada com os espetáculos para a infância e juventude que, contrariamente ao que é habitual, “não terão duas sessões, uma à tarde e outra de manhã, mas uma única às 18:30”.

“Não sabemos se os alunos vão poder sair da escola e por isso, como medida de precaução passamos esses espetáculos para as 18:30, para que os pais possam trazer os filhos”, destacou Fernando Sena.

Da programação destaque para duas companhias que pela primeira vez vêm ao festival, o Teatro da Rainha e o Krisalida Teatro, bem como para duas companhias espanholas que vêm à Covilhã no âmbito do circuito ibérico de teatro.

A pandemia obrigou também à redução da lotação da sala que passou para metade, ou seja, cada sessão estará limitada a 45 espetadores.

O festival arranca no dia 24, às 21:30, com a peça “Discurso sobre o filho-da-puta”, de Alberto Pimenta, pelo Teatro da Rainha.

No dia 25, à mesma hora, sobe à cena “Armazenados”, de David Desola, pelo Teatro Art’Imagem, seguindo-se, no dia 26 o espetáculo “Libro de buen amor”, clássico da literatura espanhola do século XIV, do Teatro Guirigai.

Os espetáculos dedicados à infância começam no dia 28, às 18:30, com o Krisalida Teatro e a peça “Plastikus”, criação coletiva. No dia 29, à mesma hora, o Teatro do Noroeste leva à cena a peça “O Gato Malhado e a Andorinha Cinha”, inspirada no texto de Jorge Amado. No dia 30 é a vez do Teatro do Montemuro, que apresenta “Germinação”, sobre texto de Abel Neves.

“El licenciado Vidriera”, da Karlik Danza Teatro, inspirado em Cervantes, está agendado para dia 02 de outubro, às 21:30.

O festival encerra dia 03 de outubro com a apresentação, às 21:30, de “Una donna sola”, do Nobel da Literatura Dario Fo, com Franca Rame, do Teatro das Beiras.

Devido à covid-19, os bilhetes devem ser reservados previamente, sendo que o preço do bilhete geral para os cinco espetáculos da noite é de 25 euros.

O bilhete famílias custa 20 euros e inclui bilhete de adulto mais bilhete de criança para três dias.

O bilhete individual é no valor de seis euros, havendo desconto de 50% para maiores de 65 anos, jovens até aos 25 anos e sócios do Teatro das Beiras e Casa do Pessoal do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira.

O bilhete para crianças no espetáculo família custa dois euros.