PCP exige reposição de carreiras e preços. Em 2021 passes máximos de 30 e 40 euros

A tribuna pública sobre transportes organizada pela Comissão Concelhia da Covilhã do PCP aprovou ontem, ao fim da tarde, uma moção em que exige a reposição dos preços praticados até 30 de agosto, a reposição de todos os horários e linhas antes da pandemia e que a partir de 2021, os preços máximos dos passes sejam de 30 euros nas linhas suburbanas e 40 nos intermunicipais.

Uma moção que será enviada à Câmara Municipal da Covilhã e à Comunidade Intermunicipal (CIM) Beiras e Serra da Estrela.

No documento, apresentado por Vítor Reis Silva, é ainda exigido “o desconto de 50% nos passes e bilhetes para maiores de 65 anos, residentes na zona sul do concelho e utentes da Auto-transportes”.

No início da Tribuna Pública, que foi marcada com o objetivo de lutar contra a suspensão dos apoios aos passes por parte da Comunidade Intermunicipal desde 1 de setembro, Vítor Reis Silva vincou que esta CIM “não é algo que esteja distante”, é gerida pelos presidentes de Câmara e foram eles que aprovaram a medida de “não aplicarem o programa de redução tarifária”.

Reis Silva defende que também neste território “seja aplicado o mesmo regime que está a ser aplicado nas áreas metropolitanas”, com aplicação de 30 euros nos passes modais e 40 nos intermodais.

“Se funciona em Lisboa e no Porto porque não irá funcionar aqui’”, questionou.

Frisou que “ levantam-se vozes para falar e defender o interior” mas, na prática, “quem decide não se importa, não tem sensibilidade, e penaliza-o”.

Em termos práticos, Marco Gabriel presidente da Junta de Freguesia da Boidobra, que também participou na Tribuna, frisou que contas feitas o retirar de apoio que se verificou é o equivalente a 30% de um ordenado mínimo, o que “é muito penalizador”.


“Uma injustiça” ouviu-se nos vários testemunhos que passaram pelo microfone colocado em pleno pelourinho, na Covilhã.

Reis Silva deixou claro que “é preciso recuar nesta decisão” que penaliza todos os trabalhadores”, afirmando que “se não têm dinheiro que exijam ao governo”.