“Praga dos baixos salários” leva região ao “definhamento”

Os baixos salários praticados na região são a maior causa do definhamento social e económico, defendeu ontem Luís Garra, coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco.

O sindicalista falava na Covilhã, na ação promovida no âmbito do dia de luta decretado pela CGTP-IN e que decorreu em todo o país.

Numa ação que tinha como lema “por melhores salários, pelo desenvolvimento do país”, Garra defendeu que “a praga dos baixos salários” na região, leva ao “definhamento deste território que está envelhecido, desertificado e despovoado” numa situação que o sindicalista classificou de “gravíssima”.

Ao longo da sua intervenção, Garra defendeu que só com o aumento do salário mínimo nacional, “que é miserável, respeito pelos direitos de quem trabalha, promoção de investimento na região e construção das infraestruturas que são necessárias é que o interior entrará na senda do progresso”, disse.

O sindicalista desafiou mesmo Rui Rio, “e outros Rios que são contra os aumentos dos salários” a virem viver na região com 635 euros num mês, para verem como é difícil.

Nesta linha criticou ainda o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que “tem opinião sobre tudo, mas nunca ninguém lhe ouviu uma palavra sobre salários”, vincou.

Tal como já aconteceu noutras iniciativas públicas da União dos Sindicatos o coordenador criticou a atuação de inúmeras empresas em tempo de pandemia e o “roubo” que fizeram à Segurança Social com recursos indevidos ao lay off.

O sindicalista prometeu ainda luta dura, até que “seja reposto o valor dos passes na região”, afirmando que “dure o tempo que durar não largamos o osso”. 

Garantiu que “esta é uma luta para vencer, porque é uma luta pelas pessoas e pelo ambiente”, já que o que se pretende com o programa da redução de tarifários é a promoção do uso dos transportes públicos em detrimento do particular.

As portagens na A23 e A25 foi outro dos pontos chave da intervenção de Luís Garra, que frisou que nesta matéria a luta também irá endurecer até que sejam abolidos os pagamentos.