Agricultura: Rede de Inovação vai ter polo na Covilhã. Quinta dos Lamaçais é a escolha

A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, apresentou na terça-feira, no Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão em Nelas, a Rede de Inovação para a Agricultura 20|30.

Esta Rede, composta por 24 polos distribuídos por todo o país, vai procurar transformar o conjunto de estruturas dispersas e desarticuladas do Ministério da Agricultura que existem, numa Rede consolidada, coerente, moderna, e orientada para as necessidades do setor agrícola e agroalimentar nacional, sustenta o ministério em nota de imprensa.

Um dos polos vai ficar localizado na Covilhã, na Quinta dos Lamaçais, confirmou a Rádio Clube da Covilhã junto de Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal, que se “congratula” com esta escolha que “corresponde a uma antiga aspiração do município”, referiu.

Este centro irá trabalhar no sentido do melhoramento de variedades de prunóideas, em especial pêssego e cereja, disse Vítor Pereira.

Recordar que a Quinta dos Lamaçais, propriedade do estado e que se encontra no banco público de arrendamento foi, em tempos, um dos centros de experimentação melhor cotados do Ministério da Agricultura.

A Rede de Inovação a criar pretende “contribuir para reforçar o ecossistema nacional de investigação e inovação agrícola e agroalimentar, promovendo a modernização, a digitalização, a competitividade e a sustentabilidade do setor agroalimentar. Visa também criar uma estrutura de proximidade, muito orientada para a transferência de conhecimento e de tecnologia, que satisfaça, em simultâneo, as necessidades das grandes explorações mais competitivas e das pequenas explorações agrícolas familiares”, frisa o Ministério da Agricultura.

A Rede de Inovação vai promover as dinâmicas locais e regionais relacionadas com a agricultura e áreas conexas, favorecendo a fixação de pessoas em territórios de baixa densidade, a valorização dos recursos endógenos e da produção nacional e do desenvolvimento integrado.

A Rede de Inovação tem por objetivo, ainda, aumentar a eficácia, a eficiência e o impacto das infraestruturas científicas e tecnológicas do Ministério da Agricultura, mas modernizando as que integram a Rede, maximizando sinergias e complementaridades com outras estruturas do ecossistema de inovação (Institutos Politécnicos, Universidades, Laboratórios Colaborativos, Centros de Competências, empresas com atividades de investigação e desenvolvimento).

A Rede de Inovação apresentada procura, segundo a titular da pasta da Agricultura “desenvolver a atividade de Investigação e Inovação, a formação e transferência de conhecimento e tecnologia, a promoção do empreendedorismo de base rural e a valorização dos recursos endógenos”.

Maria do Céu Antunes explicou também que esta rede “tem como foco desenvolver as Cadeias de Valor e a valorização dos Recursos Endógenos e foca-se em várias fileiras da agricultura portuguesa: fruticultura, na vinha, no vinho e no espumante, no olival e no azeite, na horticultura, nos cereais, nas leguminosas, na produção animal, nas pastagens e nas forragens”.

Esta Rede de Inovação procura ainda desenvolver um conjunto de grandes iniciativas emblemáticas transversais, desde os “Territórios Sustentáveis”, a “Revitalização das zonas rurais”, a “Mitigação” e a “Agricultura Circular”, a “Adaptação às alterações climáticas”, a “Alimentação Sustentável”, (com a promoção da dieta mediterrânica), a “Agricultura 4.0”, “Uma só saúde” e a “Transição Agro Energética”.