D. António Marto pede “fé e responsabilidade cívica” na peregrinação de Outubro em Fátima

O Cardeal D. António Marto pede “fé e responsabilidade cívica” para aceitar as restrições de acesso ao Recinto de Oração durante as celebrações da Peregrinação Internacional Aniversária de outubro.

O bispo da diocese de Leiria-Fátima convida os peregrinos a olhar as restrições de acesso ao Recinto de Oração, na Cova da Iria, durante os dias 12 e 13 de outubro, com “fé e sentido de responsabilidade”.

“Este outubro teremos de ter algumas restrições, para que a peregrinação no respeito pelas indicações das autoridades de saúde, não constitua um perigo acrescido de contágio” avança o cardeal D. António Marto, numa mensagem a todos os peregrinos de Fátima, numa altura em que se sabe que durante as celebrações da peregrinação, na noite do dia 12 e na manhã do dia 13, apenas poderão participar cerca de 6000 pessoas, em cada dia.

“Por força das circunstâncias o número de peregrinos que poderá entrar no recinto será limitado. Não pode haver reserva prévia de lugares, mas haverá marcação de espaços que se podem ocupar para que seja mantida segurança entre todos” avança o responsável do Santuário.

“Não há lugares marcados, mas há lugares contados para que todos fiquemos em segurança”, enfatiza, ao sublinhar que o acesso ao Recinto do Santuário “será condicionado e entrarão peregrinos até ser atingido o número máximo previsto nas medidas adicionais ao Plano de Contingência“, em vigor desde maio.

“Sei que para muitos, que não poderão entrar, será mais uma prova dolorosa a enfrentar. Eu peço-vos que encaremos esta situação com fé e com responsabilidade cívica. Também para nós, responsáveis pelo Santuário de Fátima, é doloroso ter de tomar estas decisões já que a nossa missão é acolher os peregrinos” destaca D. António Marto.

Nesta mensagem dirigida aos peregrinos que tencionam vir a Fátima por ocasião da Peregrinação Internacional Aniversária de outubro, a última grande peregrinação do ano, D. António Marto sublinha as dificuldades sentidas durante esta pandemia- “ morte de pessoas queridas, a doença, o desemprego, as dificuldades económicas, a suspensão de costumes que nos são caros. Até na forma como comunitariamente celebramos a nossa fé”- para elogiar o comportamento dos peregrinos, e da Igreja em geral, “que têm sido testados nas forças e na capacidade de resistência, até ao limite”.

A mensagem do cardeal português termina com um pedido: “Contamos com a oração de todos. Estamos certos de que, passados estes tempos de pandemia, poderemos voltar a celebrar juntos neste lugar tão significativo, sem as atuais restrições e com todos os que queiram vir.”

“O Santuário continua aberto todos os dias, com inúmeras celebrações e permitindo que todos possam passar por aqui mesmo fora das grandes celebrações. Este será sempre um espaço que nos convida a sentirmo-nos acolhidos por esse coração imaculado, coração da mãe, expressão do imenso coração de Deus”, conclui.