Turismo do Centro pede suspensão do pagamento de portagens nas ex-Scut

Sob a premissa de que o Governo “está a limitar os portugueses de circular” devido à covid-19, Pedro Machado, o presidente do Turismo do Centro de Portugal, pediu que se suspendesse o pagamento de portagens nas ex-Scut (ex-vias sem custos para o utilizador) nos próximos seis meses, cita a Agência Lusa.

“Se estamos a confinar, se há menos receita direta e indireta daquilo que é o produto de uma matéria que vai para os cofres do Estado, (o Governo) que suspenda (o pagamento de portagens) e ajude os portugueses”.

Durante a apresentação da Rota Dão e Petiscos, na cidade de Viseu, Pedro Machado recordou que “o turismo foi responsável por 14,9% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019” e vincou que um setor que “injetou na economia, direta e indiretamente, um valor tão significativo, precisa de ver reforçadas as suas ajudas”.

Pedro Machado está sensibilizado com o “momento de agonia” que vivem as microempresas do setor do turismo, e por esse motivo, desafiou também o Governo a estender o IVAucher “até ao primeiro semestre de 2022”.

“A ideia de recuperar o IVA dos restaurantes, da cultura e do alojamento é uma medida que desafiamos o Governo a prolongar e a anunciá-lo, desde já, no limite mínimo, até ao primeiro semestre de 2022”, afirmou.

O presidente do Turismo defendeu ainda a descida temporária do IVA nos serviços de alimentação e bebidas, sendo também esta uma das reivindicações da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP). “Este Governo, que apresentou ao país um orçamento excedentário alavancado nas verbas do turismo”, tem a obrigação de ajudar estes empresários, frisou.

A AHRESP tem reiterado que enquanto “o IVAucher é uma medida que se destina aos consumidores e à dinamização do consumo”, a descida temporária do IVA visa “a manutenção dos postos de trabalho e o investimento e capitalização das empresas, para que elas possam continuar de portas abertas”.