Portagens: Plataforma “chama” para a marcha lenta as 20 autarquias que faltam

Realiza-se hoje uma marcha lenta contra o pagamento de Portagens nas A23 e A25, organizada pela Plataforma P´la Reposição das Scuts.

A iniciativa foi decidida na assembleia cívica de protesto em que, das 21 autarquias que compõe os territórios abrangidos pelas Comunidades Intermunicipais das Beiras e Serra da Estrela e da Beira Baixa, apenas a do Fundão se fez representar.

A “ausência” de autarquias levou a organização a apelar às restantes câmaras a “colocarem-se na primeira linha” da luta contra as portagens, vincando que “em iniciativas anteriores algumas já se fizerem representar, como a Covilhã”, esperando “que hoje tal se repita”, disse Luís Veiga em representação daquela plataforma.

A organização salienta a importância “acrescida” da iniciativa, uma vez que se está em plena discussão de propostas na especialidade do Orçamento do Estado, sendo esta marcha uma “afirmação da vontade e do querer das populações”, salientou Luís Garra.

Recordar que a 22 de outubro, após o anúncio dos descontos propostos pelo governo o sindicalista referiu que estes “são um embuste”, referindo-se à medida que prevê um desconto de 25% nos veículos de classe 1 e 2 a partir do 8º dia de utilização das Auto Estradas 23 e 25.

Uma medida para entrar em vigor a partir de 1 de janeiro, mas que “não traz benefícios à esmagadora maioria dos utilizadores”, disse Luís Garra, frisando que “tentar obrigar as pessoas a andar nas autoestradas para ter desconto é algo que não lembraria ao diabo”.

A marcha lenta terá partida da Guarda às 16:00, da Covilhã às 16:45 e de Castelo Branco às 16:45 para confluir na entrada norte da A23 no Fundão, haverá ainda uma coluna que circulará dentro do Fundão para o ponto de encontro. Os percursos serão feitos pela estrada nacional porque “não há dinheiro para portagens”, disse Garra.