Covilhã cidade criativa da UNESCO: “Merecemos esta distinção”

A Covilhã continua a trabalhar na candidatura a Cidade Criativa da Unesco na área do Design e ontem, dia 08 de fevereiro, deu mais um passo para esse efeito ao reunir o Conselho Estratégico, composto por 27 personalidades de diversas áreas e oriundos de todo o país.

No final, em conferência de imprensa, o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, a vereadora da cultura, Regina Gouveia e o diretor executivo da candidatura, Francisco Paiva, foram unanimes ao frisar que a candidatura vai provar “que a cidade merece a distinção”, afirmando que o processo está a ser densificado e, apesar de a pandemia ter obrigado a recalendarizar ações e transformar o presencial em “à distância”, a equipa está no terreno para “logo que a delegação da Unesco em Portugal defina prazos”, entregar a candidatura, o que deverá acontecer em maio.

Vítor Pereira relembrou que o design faz parte do ADN histórico da cidade, e agora pretende-se que seja distinguida nesta área, “demonstrando que merece, estar nesta rede”, não só, mas também, pelo seu passado. “Temos que demonstrar que merecemos”, vincou o autarca.

“É verdade que é um sonho, mas com os pés bem assentes na terra, temos a massa crítica na UBI, por exemplo, e é importante que consigamos integrar todas as vertentes nesta candidatura”, frisou.

Para o autarca o que se pretende é colocar o design “no epicentro das dinâmicas de participação cívica, em áreas como a emergência ecológica e climática e até na reabilitação urbana”.

O autarca avança ainda que no âmbito desta candidatura será criada uma estrutura de apoio logístico aos criadores nesta área “para colmatar uma lacuna que existe, também para áreas como o cinema e media-artes”, por exemplo.

Pretende-se ainda a criação de um “equipamento permanente vocacionado para a promoção da cultura contemporânea”, disse, frisando que o Centro de Inovação Cultural e o Centro de Inovação Empresarial, que estão em fase de conclusão, serão fundamentais para o conseguir.

Francisco Paiva, diretor executivo da candidatura afirma que “a Covilhã tem condições neste domínio para se diferenciar das demais cidades”, demostrando que o design pode ser “integrador”.

“O design pode ser uma plataforma de atração de outros modelos de produção e de vida que podem ser alternativos aos já esgotados das grandes metrópoles”, defendeu.

Regina Gouveia, vereadora da cultura salientou que apesar do passado e presente da Covilhã como cidade fábrica, a candidatura que a autarquia, em parceria com a UBI estão a desenvolver, “tem a ver com todas as áreas do design”, em especial com as que fazem parte do ensino e investigação na universidade, porque ser “Cidade Universitária” é também “um argumento fundamental nesta candidatura”.

A reunião do Conselho Executivo serviu também para dar início ao processo eleitoral do presidente do órgão, que deverá estar concluído a 14 de fevereiro.