“A Serra”: Investimento de 100 mil euros divide executivo da Covilhã

Os custos, sob a forma de contrato de publicidade, para a Câmara Municipal da Covilhã com a telenovela “A Serra”, emitida pela estação de televisão SIC, envolvem “pouco mais de 100 mil euros”, explicou o presidente da Câmara Municipal da Covilhã durante a reunião de Câmara.

O autarca respondia a uma questão do vereador do CDS, Adolfo Mesquita Nunes, e considerou que o investimento “permite que a Serra da Estrela e a região sejam faladas diariamente em horário nobre”, destacando que “os episódios que já foram para o ar bateram audiências, o que tem importância”, vincou.


Vítor Pereira afirma mesmo que este é o “mais arrojado projeto conjunto da região” para a sua divulgação, considerando-o “fundamental para trazer mais turistas, quando se reabrir a economia, no pós-pandemia”, afirmou.

Face aos valores envolvidos, Adolfo Mesquita Nunes mostrou-se “frontalmente contra”. O vereador do CDS disse que tem noção, devido às funções que já exerceu (foi Secretário de Estado do Turismo), de “quanto custa uma boa campanha para promover um destino turístico”. Avançou ainda que “não vê retorno numa campanha deste género”, porque “o destino Covilhã não vai aparecer por si, com os seus produtos” e com este dinheiro “teria feito uma campanha de marketing digital”, afirmou.

O vereador centrista vincou que é a favor de uma boa campanha turística para a Covilhã, mas “não esta campanha”, destacou.

Carlos Pinto, vereador independente, apoia a decisão da Câmara. Afirma que a telenovela “tem a abrangência de certos públicos que nos interessam”, vincando que “é mais vantajosa que apoios à Volta a Portugal e coisas do género que duram o tempo que duram”, disse. Carlos Pinto frisou ainda que “não rejeita a ideia de uma campanha direcionada” mas concorda com esta iniciativa.

Ainda sobre a telenovela “A Serra”, que nas redes sociais tem gerado muitas críticas, principalmente devido à manipulação de cenários, Vítor Pereira alertou que “não se trata de um documentário sobre o território”, mas de uma obra de ficção e, como tal, “não reproduz fielmente a situação nem faz reproduções históricas” explicou, pedindo que não se confundam as situações.