Bombeiros da Covilhã fecham ano com saldo positivo graças a “apertado rigor”

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Covilhã fechou o ano de 2020 com um saldo, no exercício, de cerca de 84 mil euros positivos, fruto de “muito rigor”, frisa Joaquim Matias, que considera que o ano foi “extremamente difícil” devido à quebra de receitas e aumento de despesas.

“Em 2020 tivemos uma quebra de receitas só no transporte de doentes de cerca de 104 mil euros” explica o presidente da direção, frisando que foi necessário “um esforço financeiro tremendo”, uma vez que, foram adquiridas 4 viaturas novas.


Joaquim Matias, em declarações à Rádio Clube da Covilhã, destaca o rigor e “o facto de terem uma almofada financeira que existia para a construção do novo edifício, que se não fosse usada seria dramático”, diz.

A quebra na receita com o transporte de doentes está relacionada com “a diminuição de serviços para o IPO de Coimbra e Lisboa bem como para outros hospitais, que poderá estar relacionada com algum receio da população”, diz.

O dirigente frisa ainda que só em equipamentos de proteção individual (EPI) e tudo o que necessitaram de adquirir devido à pandemia a verba ultrapassou os 30 mil euros no ano passado.

Desde novembro os Bombeiros da Covilhã têm ajuda do Governo, através do PonCov (Plano Operacional Nacional Covid-19) que representa cerca de 5 mil euros mês. Joaquim Matias considera que “é uma ajuda” uma vez que a situação é dramática, e é necessário “um esforço gigantesco”. Refere que há mesmo associações em que os órgãos sociais bateram com a porta e outras que recorreram ao layoff, situação que “nunca foi sequer ponderada pelos BVC” afirma Matias.