Teatro Municipal da Covilhã abre em junho

Embora sem data definida para a inauguração, o presidente da Câmara Municipal da Covilhã garante que a abertura do renovado Teatro Municipal da Covilhã, agora Centro de Inovação Cultural, acontecerá em junho.

Vítor Pereira falava aos jornalistas no final da reunião pública do executivo na última sexta-feira. “Estamos dependentes de algumas licenças”, disse e por isso não avança com datas concretas para a inauguração do espaço.


Na sexta-feira o projeto de regulamento de funcionamento e gestão do espaço esteve em análise na reunião do executivo, e, com base nestes documentos, que foram aprovados com a abstenção de Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP), a oposição voltou a questionar a estratégia cultural para o concelho, tendo por base esta infraestrutura.

Adolfo Mesquita Nunes, considera que se “está muito atrasado na definição de uma estratégia” e por isso nos documentos “não se antecipa sequer as despesas que lá vão existir”, sinal de que “a Câmara não sabe o que vai acontecer”, sustentou.

Entre criticas a alguns dos pontos do regulamento, como periodos de férias e limite a espetáculos propostos para estruturas locais profissionais ou não profissionais, o vereador do CDS destaca também que “não se sabe como será articulada a relação da Câmara com a direção do Teatro”.

Regina Gouveia, Vereadora da Cultura, responde que a autarquia enviou à Direção Regional da Cultura do Centro um documento onde estão espelhados “os princípios basilares da gestão” do Teatro Municipal, acrescentando que o objetivo é “integrar a rede de teatros e cineteatros nacional, que está a ser criada”, afirmando que aguarda também a publicação de um aviso para enviar candidatura ao financiamento da programação.

Regina Gouveia garante que o regulamento “visa parametrizar o funcionamento” e que as previsões de custos não têm lugar neste documento.

Sobre a estratégia cultural, Vítor Pereira afirma que tudo está perfeitamente “definido e discutido desde há muito tempo”.

Carlos Pinto, vereador independente, alertou que “o Teatro Municipal da Covilhã não pode ser o teatro experimental da Covilhã”. Recordou que “há um parâmetro de passagem por aquela sala de cerca de 28 mil pessoas por ano antes do seu encerramento, haverá espaço para espetáculos de vários públicos, mas o sucesso da casa será medido por aquilo que será o espetáculo de massas e não os de elite, que devem ter o seu espaço, mas não enchem uma sala de 600 lugares”, frisou.