Covilhã: PRR abre “oportunidade” para intervir nas estradas

O Plano de Recuperação e Resiliência, PRR, será uma “oportunidade para a recuperação, do que nos resta recuperar, em vias de comunicação”, “temos que aproveitar”, vincou Vítor Pereira na reunião da Assembleia Municipal da Covilhã, adiantando que os serviços da autarquia estão a elaborar, “a todo o vapor”, os projetos de recuperação, alguns a “preverem alterações de traçado”, para candidatura a fundos “logo que o PRR abra o respetivo aviso”, disse ainda o presidente da Câmara.

A declaração surgiu durante o período antes da ordem do dia, na discussão de uma petição que deu entrada na Assembleia Municipal e que foi subscrita por cerca de 335 cidadãos das freguesias do Tortosendo, Sobral de S. Miguel, Casegas/Ourondo e Ferro e em que se pede um plano de Investimento Municipal na Requalificação das Vias Municipais do Concelho.


Um tema recorrente na Assembleia Municipal, que levou Vítor Pereira a recordar que “foi dos primeiros autarcas a reivindicar verbas comunitárias para estradas”.

O autarca recordou que para uma “intervenção em grande escala na capilaridade municipal são necessários 11 milhões de euros, segundo a estimativa dos serviços”, alertando que “poderá ser muito mais”, vincando a importância da ajuda de Bruxelas nesta matéria.

A bancada da CDU reivindica o plano descrito na petição, frisando que a reabilitação “não pode ser feita num ano, por isso carece de planificação, com priorização por parte da câmara das intervenções a realizar e com suporte financeiro”.

A bancada independente De Novo Covilhã frisou que este é um tema “que sempre mereceu a atenção” dos seus eleitos, defendendo que esta “deve ser uma prioridade para qualquer executivo, daí estar em concordância com o texto da petição”.

A bancada do CDS afirmou que “o tema é premente” e também os eleitos do CDS, quer no executivo quer na Assembleia Municipal, têm exigido intervenções neste sentido. Afirma ainda que se o executivo socialista “assumiu as competências nesta área”, “é porque previram que teriam condições para atuar”.

A bancada socialista destacou o facto de que a autarquia “não tinha capacidade operativa nesta área”, tanto em termos de equipamentos como recursos humanos, frisando que “a aposta tem sido na qualificação do parque de máquinas, dos recursos humanos e na aquisição de competências operativas para intervencionar”. Hélio Fazendeiro referiu também que a autarquia está a intervir “à medida do que é possível fazer”.

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