“Juntos, fazemos melhor” apresenta equipa para “mudar as pessoas e as políticas”

A coligação “Juntos, fazemos melhor” (CDS/PSD/IL) apresentou os nomes que integram as listas para a Assembleia Municipal e Câmara Municipal da Covilhã, esta sexta-feira à noite.

Para a Câmara Municipal, a seguir ao nome de Pedro Farromba, surge Ricardo Silva e em terceiro Marta Alçada Bom Jesus. O quarto dos efetivos é Jorge Simões, segue-se Sandra Soares, Vera Oliveira e Miguel Silveira. Alexandre Torrão, Raquel Curto, Eugénia Santos Silva, Ricardo Costa, Rui Claro, Patrícia Santos e Rodrigo Ramos são os suplentes da lista para a autarquia.


Para a Assembleia Municipal o primeiro candidato é Adolfo Mesquita Nunes, segue-se Hugo Ferrinho, Vanda Ferreira, Jorge Vaz, Nelson Carvalho, Joana Rocha, Luís Rodrigues, Nuno Reis, Valéria Garcia, João Bernardo, Lino Torgal e Graça Castelo Branco nos 12 primeiros lugares.

O mote da noite foi a apresentação da equipa completa para a União de Freguesias da Covilhã e Canhoso, cujo primeiro candidato é José Horta e a nota dominante foram as críticas aos 8 anos de gestão socialista na Covilhã.

Pedro Farromba, candidato à autarquia, declamou o poema imortalizado por Amália Rodrigues para afirmar que a Covilhã “já não é das beiras a rainha”, vincando “perdeu a hegemonia regional que sempre teve”, fruto da “inércia” da câmara, que só não se viu “nos últimos 2 meses” graças às obras “de última hora”. Ainda seguindo a mesma canção, Pedro Farromba afirma que “o sangue novo” está nas lista que apresenta, “com gente nova, que nunca se envolveu na política” e que aceitou porque acredita que “farão melhor”.

“É preciso mudar a inércia dos últimos 8 anos, a falta de visão e a falta de estratégia, é preciso mudar a relação com as empresas, com a universidade, é preciso mudar as pessoas para que possam mudar as políticas”, disse o candidato, sustentando que, contrariamente ao que se afirma, “não há rumo na Covilhã, há uma navegação à vista, sem rumo e sem estratégia”. Algo que promete mudar, avançando em breve será apresentado o “plano estratégico” da coligação onde estarão os projetos a desenvolver nos próximos 10 anos.

Pedro Farromba passou ainda em revista algumas das medidas que a coligação já tornou públicas, e quer implementar caso seja eleito presidente da Câmara Municipal da Covilhã, tendo por base os 5 fatores que, disse, “são os principais responsáveis pela não fixação de população”. Burocracia, impostos, rendas, relação com a UBI e preço da água.

As críticas à atuação do executivo socialista foram também a tónica da intervenção de Adolfo Mesquita Nunes. “Preguiçosa e trapalhona”, foram expressões que utilizou para caracterizar a gestão socialista.

Mesquita Nunes garante que apresentam um projeto que prova que “é possível fazer mais e melhor”. “Dá trabalho, é preciso imaginação, criatividade e sobretudo empenho e amor à nossa terra”, vincou, sustentando que este “é o principio do fim de um ciclo em que tivemos uma Câmara preguiçosa, uma Câmara trapalhona e uma Câmara só para os «amigos»”

“Preguiçosa porque não faz os mínimos, não vai buscar investimento, não se mexe para ajudar a criação de emprego, não se mobiliza para baixar o preço da água, não tem energia para resolver os problemas de hoje nem antecipar os de amanhã”, acusou, explicando ainda que é “trapalhona porque as obras que faz derrapam todas, custando mais centenas de milhares de euros do que o previsto”.

Adolfo Mesquita Nunes afirma ainda que “há um clima que não se entende numa câmara de esquerda, não foi para isso que se fez o 25 de abril”, disse, descrevendo o que aconteceu com algumas coletividades que “aparecem na reportagem fotográfica” que está incluída num folheto de propaganda da coligação para reportar reuniões e que “receberam telefonemas de socialistas, da câmara ou de amigos de…, criticando-os por nos terem recebido”, é o “exemplo de uma cidade condenada a definhar, em que só pode vingar quem for amigo”, denunciou.

Ladeados por algumas dezenas de apoiantes, no Anfiteatro Martir In Colo, usou ainda da palavra o mandatário da candidatura, Taborda Barata que abordou a desertificação do concelho, descrevendo um “pesadelo” de que se sairá se “houver coragem para mudar”, escolhendo “quem tem visão estratégica para o fazer”.

A noite terminou com a chamada ao palco dos candidatos às juntas de freguesia da coligação: António Freitas (Boidobra), Carlos Rosa (Verdelhos), José Armando (Dominguiso), Júlia Camba (São Jorge da Beira), Susana
Sobreiro (Sobral de São Miguel) e Cidália Barata (Paul) e ainda os candidatos que encabeçam listas independentes que têm o apoio da candidatura, Gilberto Melfe (Ferro), David Silva, (Tortosendo) e Vítor Fernandes (UF Barco-Coutada)