Oriental São Martinho avança com escolas de andebol, ténis de mesa e teatro musical

O Oriental São Martinho, coletividade da Covilhã, vai avançar, entre outras atividades, com escolas de andebol, ténis de mesa e teatro musical a partir de setembro, disse o presidente da direção nas comemorações dos 67 anos do clube, esta quinta-feira, 29, à noite.

“Não podemos estar mais tempo parados, temos que fazer algo mais, os nossos associados e as pessoas que estão connosco querem mais”, disse Francisco Mota, vincando que os tempos de pandemia “foram muito difíceis”, não só em termos financeiros, mas também pela falta de atividade.


Em termos desportivos o clube vai continuar com a parceria com a Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) no andebol, mantendo a equipa sénior na 3ª divisão nacional e avançando, a partir de setembro, com a formação na modalidade. “Nessa altura iremos junto das escolas e dos mais novos captá-los para o andebol. Queremos desenvolver a modalidade na cidade e no concelho”, disse o dirigente.

Ainda em termos de projetos desportivos, Francisco Mota, frisa que “está para breve” a formalização de um protocolo para o regresso do ténis de mesa, relembrando que este “é também um símbolo do Oriental”.

A pandemia obrigou a suspender os ensaios do musical, que estava previsto estrear em maio, e isso levou a que o clube regressasse ao “sonho antigo” de preparar um espetáculo desta natureza ao ar livre, o que vai acontecer em setembro, desvendou ainda Francisco Mota.

“Sempre tivemos o sonho de fazer um ao ar livre, aproveitando os cenários bonitos que a cidade tem”, disse, avançando que a apresentação será no Jardim do Lago.

Para este espetáculo o Oriental vai realizar castings para o elenco e, desde que tornaram pública essa intenção, a procura de informações tem sido intensa, destaca ainda o dirigente.

O interesse por este género de espetáculo manifestado pelos mais novos, crianças entre os 8, 9 anos, tem sido também muito grande, o que levou a coletividade a “criar um musical especial, a partir de outubro”, para apresentar no Natal. “Temos que os apoiar porque é também nossa missão dar asas aos seus sonhos”, disse.

Francisco Mota avança ainda que está por dias o lançamento do website da coletividade.

Na cerimónia protocolar de comemoração do aniversário usou também da palavra o presidente da assembleia geral do clube, Jorge Ferraz, que destacou as dificuldades sentidas com a paragem forçada devido à pandemia, frisando que para que “os sonhos e projetos agora surjam, apesar das portas fechadas, a direção continuou com o seu trabalho”. Dirigiu ainda uma palavra aos sócios mais idosos, pedindo que “não se isolem e voltem a frequentar a sede”.

Carlos Martins, presidente da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso “felicitou a coletividade” e aproveitou para relembrar alguns membros da “família orientalista” que já não se encontram entre nós, mas que nestes momentos, “devem ser recordados”.

José Miguel Oliveira, vereador na Câmara Municipal da Covilhã com o pelouro do associativismo, afirmou que “mais do que referir as dificuldades” que o movimento associativo atravessou, é importante “realçar a tenacidade”, pois, “apesar de tudo, conseguiram realizar atividades em prol de todos nós. Na música, no desporto, na cultura e no recreio”, disse.

Sobre o Oriental São Martinho vincou que “é uma coletividade que faz a diferença no movimento associativo do concelho”.