Covilhã: Maioria recusa transmissão online das reuniões do executivo

A bancada da oposição na Câmara Municipal da Covilhã propôs a transmissão online das reuniões públicas do executivo, para “dar mais abertura à casa da democracia”. Vítor Pereira, para ter reuniões “mais rápidas, mais objetivas e mais eficazes”, respondeu não.

Marta Alçada, na proposta, destaca que o assunto já foi proposto no anterior mandato e que “não chegou a ser sequer votado ao longo de 4 anos”. Frisa ainda que se referiu que “não existiriam condições técnicas para o fazer”. “Uma vez que durante a fase mais aguda da pandemia, quando a câmara reuniu foram dadas as condições para os vereadores participarem online, significa que “essas condições já existem”, disse.


Refere que o objetivo é “dar a conhecer o funcionamento do órgão” e permitir “a quem está a trabalhar assistir às reuniões”, e aos jovens “mostrar como funciona o órgão e quais as competências”, disse.

A vereadora propôs o “agendamento do assunto para votação”, em próxima reunião, para que, “não se arraste por 4 anos como aconteceu no último mandato”.

Vítor Pereira começou por explicar que “a proposta contraria o regimento”, mas ainda assim afirma que “juridicamente era possível”. Referindo que “cada município age como entende, segundo aquilo que o seu presidente e o órgão na sua maioria delibera” expressou que a sua posição “é não, vezes não, escusamos de voltar ao assunto”, frisou.

Para o autarca não se trata de “problemas de transparência”, referindo que “as portas da sala estão abertas e há jornalistas presentes”. Explicou que o objetivo é “agilizar as reuniões, tratar dos assuntos dos concidadãos e dispensar o que de forma colateral e menos objetiva decorreria dessa transmissão”.

Perante a opinião de que as transmissões serviriam para “educar”, o presidente discorda, afirmando que esse é um problema para ser resolvido “nas escolas”.

Pedro Farromba disse que “tinha muita dificuldade em entender” a posição da maioria, afirmando que “o que está em causa é a abertura ainda maior das discussões que acontecem”, relembrando que “quem trabalha e não pode assistir em direto poderá ver depois a gravação”.

Vítor Pereira mostrou-se convicto que sem transmissões as reuniões serão “mais rápidas, mais objetivas e mais eficazes”, afirmando que com esta afirmação “está a ser claro”. “Temos que nos concentrar na resolução dos problemas e não na espuma dos dias”, concluiu.

Sobre a questão da educação dos jovens sobre esta matéria, Regina Gouveia, vereadora da educação, anunciou que a Câmara, através do projeto “Eu Sou +”, está a desenvolver um programa de “literacia e cidadania política”, que chegará a alunos de todas as escolas do concelho com diversas atividades, entre elas assistir a reuniões da Assembleia Municipal, e até da Câmara Municipal.