UF Covilhã e Canhoso quer “divórcio amigável”. Assembleia cria grupo de trabalho

Na última assembleia de freguesia da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso, que decorreu no dia 13 de janeiro, foi aprovada por unanimidade a constituição de um grupo de trabalho para a elaboração da proposta de criação da freguesia do Canhoso.

Este grupo será formado por um elemento de cada força partidária com representação nesta assembleia: Carlos Mineiro (PS), José Horta (Juntos Fazemos Melhor) e Miguel Fiadeiro (CDU).


A presidente da mesa da assembleia, Joana Petrucci Rocha, começou por explicar as “dúvidas” que surgem deste processo, uma vez que vai no sentido de criar apenas a freguesia do Canhoso. Considerando que a lei se torna dúbia, pois refere que da desagregação não podem resultar freguesias diferentes das que existiam antes de 2013 e a freguesia da Covilhã resulta da agregação de 4 freguesias urbanas, refere que tal pode “alterar tudo”.

“Vamos estar atentos e solicitar os pareceres necessários às várias entidades, nomeadamente à Associação Nacional de Freguesias, ANAFRE, de que somos associados, e se for necessário vamos pedir parecer a um jurista”, garantiu o presidente da União de Freguesias, Carlos Martins, explicando que querem contribuir para que “seja reposto o que foi tirado ao Canhoso de uma forma injusta”, salvaguardando, ao mesmo tempo, a freguesia da Covilhã.

“Nesta questão as várias forças partidárias estão unidas, no sentido de começarem a trabalhar desde hoje, dia em que foi aprovada a criação da comissão e fazemos votos de que no próximo ato eleitoral, para o poder local, o Canhoso seja uma freguesia autónoma assim como a Covilhã”, concluiu o presidente.

José Horta, eleito da coligação “Juntos Fazemos Melhor”, reforçou que “o essencial é a reposição da justiça”, reforçando que a lei “deixa muitas dúvidas no ar”. “Iremos trabalhar com afinco e vamos socorrer-nos do que for preciso porque queremos que este sonho se torne novamente realidade” afirma.

Para Miguel Fiadeiro (CDU), esta questão é uma prioridade e congratula-se com a facto de possuírem “a ferramenta necessária para começar a trabalhar nesse sentido”. “É um propósito comum que nos une a todos”, vinca.

Este grupo deverá ter uma proposta para aprovação no prazo de 180 dias após a sua constituição.