Associações querem Portugal a plantar árvores no outono e não na primavera

Várias associações ligadas à defesa do ambiente, natureza e turismo de natureza, lançaram um manifesto público em defesa da plantação de árvores no outono e não na primavera quando a “efetividade de plantar árvores nesta data é diminuta, a taxa de sobrevivência dos espécimes é baixa, sendo um desperdício de recursos a todos os níveis”, lê-se no documento.

No documento é explicado que “quando se planta uma árvore, primeiro ela tem que se adaptar ao novo local e investir no crescimento de raízes que procurem nutrientes que são, depois, transformados em açúcar. Faz então sentido que as árvores sejam plantadas no final do outono, o que lhes dará tempo para na primavera se concentrarem apenas no crescimento de ramos, folhas e flores”.


Explica ainda que “as raízes desenvolvem-se melhor em solos frescos do que em solos quentes. Faz então sentido que as árvores sejam plantadas no final do outono, o que lhes permitirá desenvolver um bom sistema radicular antes que comecem a surgir folhas”.

No manifesto é aconselhado a reservar “a primavera e o Dia Mundial da Floresta ou da Árvore (21 de março) para cuidarmos ou celebrarmos as que plantámos em outonos anteriores, através de caminhadas, piqueniques, roteiros fotográficos, aulas ao ar livre, ações de sensibilização ambiental ou, simplesmente, com a contemplação do mundo natural de que fazemos parte”, vincando que “a efetividade de plantar árvores nesta data é diminuta, a taxa de sobrevivência dos espécimes é baixa, sendo um desperdício de recursos a todos os níveis”.

“Vamos pôr Portugal a plantar árvores no outono”, conclui o documento, apontado datas como “o Dia Mundial da Bolota (10 de novembro) e o Dia da Floresta Autóctone (23 de novembro), que são “datas simbólicas e propícias para realizar ações de plantação”.

O manifesto é assinado pelas associações Guardiões da Serra da Estrela; Animactiva; ASE – Associação Cultural Amigos da Serra da Estrela; Chão do Rio – Turismo de Aldeia, de Yellowtree Unipessoal, Lda; CISMA – Associação Cultural; FAPAS – Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade; LPN – Liga para a Protecção da Natureza; MAPA – Movimento Académico de Proteção Ambiental; Movimento Estrela Viva; Nascente – Cooperativa de Acção Cultural e Palombar – Associação de Conservação da Natureza e do Património Rural.