A Associação Distrital dos Agricultores de Castelo Branco, ADACB, afirma que a apesar do anúncio de medidas de apoio, que a Ministra da Agricultura repetiu nos últimos dias, no valor de milhões de euros, essas ajudas não chegam aos pequenos e médios agricultores.
“Contrariamente ao anunciado, o PEPAC tem mais exigências, mais burocrático, penaliza os pequenos e médios agricultores e o PRR não serve a nossa agricultura”, afirma a associação em nota de imprensa, vincando que “a conjuntura” atual é “particularmente difícil para os agricultores que sofrem grandes quebras nos seus rendimentos, em resultado do aumento brutal dos fatores de produção e não conseguem escoar a produção a preços justos e capazes de compensar estes aumentos”, descreve a nota.
Vinca, ainda que “os investimentos necessários na concretização do regadio a sul da Gardunha e na otimização dos regadios da Cova da Beira e Idanha-a-Nova continuam adiados. As portagens nas ex-scuts marginaliza a nossa região e agravam a débil situação financeira do setor produtivo e, apesar dos anúncios, os apoios não chegam às vítimas dos incêndios florestais do último verão.
Para a associação “a situação é tanto mais grave na medida em que o rendimento dos agricultores já antes era cerca de metade do rendimento dos demais cidadãos e as medidas de apoio decretadas deixam de fora milhares de pequenos e médios produtores”.
“Apesar dos sucessivos anúncios de milhões, a verdade é que as medidas concretas de apoio do Governo ao sector agroflorestal são muito exíguas”, pode ainda ler-se na nota enviada à RCC, frisando que “o Governo nada diz e continua a não dar resposta aos agricultores vítimas dos prejuízos provocados pelos animais selvagens”, nomeadamente “javalis e cervídeos”.
Em última nota a associação destaca que “vai continuar a intervir para uma política agrícola justa e reclamar que o Governo tome medidas urgentes para que os apoios públicos cheguem efetivamente aos agricultores da nossa região”.