Mobilidade: Contrato assinado “à revelia” penaliza quem vive no concelho, acusa PSD Covilhã

Em comunicado a concelhia da Covilhã do PSD tece críticas ao sistema de mobilidade da cidade, sublinhando a posição já tornada pública pelos vereadores eleitos pela coligação CDS/PSD/IL, alertando que o contrato, “assinado à revelia”, penaliza quem vive na Covilhã.

“O PSD Covilhã alerta os covilhanenses: este contrato de mobilidade foi assinado à revelia de todos e que penaliza, em muito, todos aqueles que vivem no nosso concelho. É um contrato ruinoso, cujos benefícios vão todos para uma empresa privada e os encargos são da responsabilidade do Município”, lê-se no comunicado.


A discussão centra-se na questão dos lugares taxados à superfície. O PSD sublinha a posição da coligação “Juntos Fazemos Melhor, e sustenta que o contrato prevê mais de mil lugares pagos à superfície e que a autarquia apresenta mais de 1200.

“Aos vereadores da oposição bastou-lhes ler os documentos oficiais que suportam o ruinoso contrato de mobilidade e apresentá-lo de forma clara e transparente aos covilhanenses”, vinca o documento, afirmando que é facto que “o contrato de mobilidade assinado pelo executivo do PS prevê, na sua cláusula 66.1, zonas de estacionamento tarifado na via pública em número não inferior a 1.000 lugares de estacionamento. Vítor Pereira vai mais além e cria 1206 lugares pagos, sem contar com os silos da Estação, do Sporting e da Praça do Município”, está descrito.

O PSD afirma que “são estes os números que estão nos documentos apresentados, na última reunião de Câmara, pelo executivo socialista e os covilhanenses têm o direito de os conhecer, para que saibam o que os espera já a partir de 1 de fevereiro de 2023”.

No documento o PSD Covilhã afirma, ainda, que os valores a pagar anualmente “são o dobro” do anunciado por Vítor Pereira.

Analisando ainda o clausulado no que respeita a receitas e despesas o PSD afirma que “é fácil concluir que o privado fica com a receita e os covilhanenses herdam os custos”.

No comunicado o PSD considera que as declarações de Hélio Fazendeiro, líder da concelhia socialista, “são uma tentativa da Concelhia do PS de se substituir ao próprio executivo camarário, num esforço desesperado de pôr fim a uma discussão pública iniciada pelos vereadores da coligação CDS/PSD/IL durante a semana”.

Afirma que “o Partido Socialista, em vez de utilizar os seus recursos para apresentar propostas de desenvolvimento e crescimento do nosso concelho ao executivo que apoia, tenta, uma vez mais, ludibriar os covilhanenses com textos de propaganda política e pinturas cor de rosa de uma realidade e de um contrato que em nada resolve os problemas de mobilidade do concelho e que muito penaliza quem mora, quem quer morar, quem trabalha e quem quer trabalhar na cidade da Covilhã”.