O Centro Hospitalar Cova da Beira aderiu a um projecto iniciado na Dinamarca em 2013, já replicado em vários outros países, que consiste na introdução de polvos bebés, feitos em croché, na unidade de Neonatologia.
Embora sem fundamentação científica, pela observação a enfermeira Rosa Machado não tem dúvidas em afirmar que “é uma mais-valia”.
Os Prematuros abraçados aos tentáculos dos “amiguinhos de croché” sentem-se “mais tranquilos e confortados na sua recuperação”, já que os tentáculos de algodão “se assemelham ao cordão umbilical, recreando-se de certa forma o útero materno”, acrescenta Rosa Machado.
Desta forma cria-se um ambiente mais humanizado e aproximado ao do meio uterino, o que lhes confere uma maior segurança e conforto.
Apesar de ainda não ser conhecido registo científico que certifique os benefícios desta dinâmica, pela observação, os profissionais de saúde não têm dúvidas de que os resultados obtidos são muito positivos, “principalmente porque os bebés se sentem mais calmos, diminuiu a sua agitação e a tentativa de arrancar as sondas e catéteres que os monitorizam e tratam é significativamente reduzida”, afirma Ana Rosa, a enfermeira que impulsionou esta iniciativa.
A unidade de Neonatologia do CHCB já conseguiu angariar alguns polvos, fruto da boa vontade de vários cidadãos anónimos e do grupo de voluntariado do centro hospitalar e outros do movimento Polvos de Amor.
Lídia Videira, coordenadora da equipa de enfermagem de Neonatologia, acrescenta que quem quiser confecionar polvos para oferecer pode encontrar todas as instruções para os fazer na página Polvinhos Mágicos no facebook.
Apesar de serem simples, as regras devem ser respeitadas, uma vez que delas depende a segurança dos bebés.